Em meio ao acúmulo de bons indicadores econômicos do país, não resta à mídia corporativa reforçar a estratégia de enquadramento do governo Lula ao capital financeiro e, com isso, deprimir investimentos essenciais ao bem-estar da população. Nesta segunda-feira (12), a Folha de S. Paulo voltou à carga com um “alerta” à equipe econômica do ministro Fernando Haddad sobre um suposto risco econômico ao governo em função do “crescimento insustentável dos gastos obrigatórios no Orçamento”.
O jornal condena a política de valorização do salário mínimo recuperada pelo governo para demonstrar sua tese de defesa do corte de gastos, sobretudo sobre os ajustes previdenciários e as despesas constitucionais vinculadas à saúde e à educação. Tudo em nome do mercado, em detrimento da população de baixa renda.
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“Grande parte dos benefícios previdenciários, trabalhistas e assistenciais segue a variação do salário mínimo, que é reajustado acima da inflação por decisão política do governo endossada pelo Congresso, que não fizeram contas do impacto no Orçamento”, acusa o diário em editorial, em mais uma demonstração de seu desprezo pelo povo.
O discurso de austericídio fiscal da Folha foi prontamente rebatido pela presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann. “Diante dos dados positivos da economia, com mais emprego, salário e renda, a mídia mercadista volta a pressionar por um aumento ainda maior na taxa de juros, mesmo com a inflação nos limites da meta”, lembrou Gleisi, em postagem no X, logo após a publicação do editorial do jornal.
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“Afinal de contas, querem que o presidente Lula reduza os salários e faça o desemprego voltar?”, questionou.
“E o editorial da Folha insiste no corte de recursos da saúde, educação e previdência. No país desse pessoal não tem lugar para pobre, trabalhador e aposentado. Só para ricos e especuladores”, reagiu a petista.
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Da Redação