O jornal O Globo deixa, mais uma vez, seu histórico manto golpista para posar de defensor da democracia e tentar emparedar o governo Lula. O subterfúgio da vez é a nota o Partido dos Trabalhadores sobre as eleições na Venezuela. Em editorial publicado na manhã desta quarta-feira (31), o jornal exige que Lula condene a nota do partido apostando no puro cinismo: “O negacionismo democrático demonstrado pela nota do PT destoa do discurso empregado pelo partido para descrever a conjuntura brasileira”, diz trecho do texto do diário carioca.
A presidenta Nacional do PT rebateu o jornal: “Quem tem histórico de apoiar e sustentar golpes, aqui mesmo no Brasil, é o jornal O Globo, jamais o PT. Foi assim no golpe do parlamentarismo contra o presidente João Goulart em 1961. Foi assim em 1964 e ao longo de vinte anos de ditadura, incluindo o AI-5. Foi assim no golpe do impeachment sem crime de responsabilidade da presidenta Dilma Rousseff, em 2016”, lembrou Gleisi.
A petista prosseguiu, lembrando o histórico de defesa dos valores democráticos que marcam o partido desde a sua fundação em 1980, culminando com o movimento das Diretas Já, o mesmo que a Rede Globo escondeu eu seu telejornal mais famoso, o Jornal Nacional, em 1984.
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“O PT é um partido democrático na essência e defende o respeito à soberania dos povos e países”, pontuou Gleisi. Também no quesito soberania nacional, o histórico de entreguismo e subserviência do Globo a interesses estrangeiros não credencia o jornal a atacar o PT e nossas resoluções internas”, criticou.
Pela pacificação do país
Em declaração ao Painel, da Folha de S. Paulo, o secretário Nacional de Comunicação do PT e deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) reforçou o conteúdo da nota de defesa da ampliação de um canal de diálogo do governo de Nicolás Maduro com a oposição. “O PT espera que com o novo mandato ele siga o exemplo de Lula, converse com os setores de oposição, ainda que seja necessário reconhecer a existência de uma extrema direita [na Venezuela]. Que ele invista na indústria, na ciência, dialogue com todos. Ele precisa unificar o país”, defendeu Tatto, ao Painel.
“No que puder ajudar, vamos ajudar, respeitando a independência e a soberania da Venezuela”, concluiu o parlamentar.
Da Redação