Partido dos Trabalhadores

Golpe será vencido no asfalto das ruas, garante Boulos

Líder do MTST informa que os movimentos sociais estarão mobilizados nas ruas e que haverá uma grande jornada de mobilização contra o golpe

Roberto Stuckert Filho

Em 2016, a então presidenta Dilma Rousseff participa no Palácio do Planalto do lançamento de nova etapa do Minha Casa Minha Vida, ao lado de Guilherme Boulos, do MTST

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, disse, nesta terça-feira (19), acreditar que é possível reverter o golpe em andamento contra a presidenta Dilma Rousseff. “Nossa posição é que será preciso fazer manifestações, ir às ruas. Porque o Brasil não pode aceitar um presidente biônico (Michel Temer), que tem 1% das intenções de voto, que quer implementar no Brasil um programa de terras arrasadas”.

Boulos esteve no Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). Fez parte de algumas reuniões realizadas ao longo do dia, para reafirmar a posição do MTST e da Frente Povo Sem Medo. “A várzea a que o país assistiu neste domingo (17), lamentavelmente, com um pouquinho mais de requinte, de perfume, deve se repetir no Senado. A expectativa para barrar o golpe no Brasil não vai ser no carpete parlamentar, nem da Câmara, nem do Senado, vai ser no asfalto das ruas”, afirmou.


Governo biônico
Segundo o líder do MTST, o Brasil assistiu, no domingo, uma eleição indireta para a Presidência, na medida em que não houve crime de responsabilidade. “O plenário da Câmara estava dividido entre quem queria a Dilma e quem queria o Temer. E ganhou a votação aqueles que querem para o Brasil um presidente biônico, que não teve votos nas urnas. Portanto, nós não reconhecemos a legitimidade disso. Não reconhecemos um eventual governo Temer, achamos ilegítimo”.

Boulos informou que os movimentos sociais estarão mobilizados nas ruas nos próximos dias e que o MTST fará uma grande jornada de mobilização em mais de dez estados do país contra o golpe e em defesa dos direitos sociais.  

Por Daniella Cambaúva, da Agência PT de Notícias