Uma semana antes do 1º de Maio, data em que é comemorado o Dia dos Trabalhadores e Trabalhadoras, a Medida Provisória 808, que alterava itens da Lei 13.467 e tornava a “reforma” trabalhista mais branda, perdeu validade. Ou seja, aquilo que já tinha ficado ruim agora piorou.
Por omissão de Temer e total desinteresse dos seus aliados da Câmara dos Deputados, agora milhares de trabalhadores e trabalhadoras perderam a segurança jurídica e não terão nada a celebrar em seu dia.
A MP abrandava o desmonte na CLT, mas mantinha o retrocesso. A sua falta desampara a classe operária e causa insegurança jurídica no campo trabalhista.
Graças a omissão dos golpistas, milhares de brasileiros e brasileiras estarão sujeitos ao desenfreado trabalho intermitente, as mulheres e gestantes estarão passíveis de atuar em locais insalubres e a jornada de 12 por 36 poderá ser feita por meio de acordo individual.
O desprezo pelos trabalhadores é vergonhoso e só mostra como o golpe contra a presidenta Dilma e o PT só serviu para atacar direitos sociais e jogar o país num abismo.
Dados divulgados nesta semana ilustram o caos gerado pelo governo de Temer. Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, o número de pessoas vivendo em extrema pobreza aumentou 36%, desde 2016. Outro dado alarmante é que a taxa de desemprego subiu consideravelmente e hoje atinge quase 2 milhões de trabalhadores na região.
É uma situação difícil, porém pode ser revertida. Não podemos perder a esperança.
Os trabalhadores e as trabalhadoras precisam aceitar essa convocação e, nesse 1º de Maio, tomar as ruas para lutar pela liberdade do presidente Lula, para defender a democracia e os direitos trabalhistas. Só com Lula presidente e um governo comprometido com o povo, que poderemos restabelecer a democracia e possibilitar o retorno dos direitos sociais e trabalhistas tirados da população.
Por Emidio de Souza, secretário nacional de Finanças do PT, ex-prefeito de Osasco e ex-presidente do PT-SP