A gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) omitiu informações sobre os dados de homicídios causados por policiais militares, ao divulgar as estatísticas nesta quinta-feira (22). A Secretaria de Segurança Pública do Estado desmembrou as informações e só divulgou os homicídios causados por PMs em folga no último trimestre e as mortes causadas por policias civis após um pedido do jornal ‘Folha de S. Paulo’, que solicitou novos números.
Nos nove primeiros meses deste ano, as polícias militares de Alckmin em serviço mataram 469 pessoas. Esses dados não contabilizam o assassinato de 19 pessoas, também no mês de agosto, nas cidades de Osasco e Barueri. Policiais militares são suspeitos de terem participado da chacina.
Já o número de mortes causadas por PMs de folga, foi maior no terceiro trimestre do ano, com o total de 55 vítimas. No segundo semestre, foram 47.
Só em setembro, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) registrou 37 casos de morte por policiais no estado. Porém, este número foi maior em agosto, quando o número de assassinatos passou de 50.
O deputado Valmir Prascidelli (PT-SP) disse que não se pode esconder dados só porque eles não são positivos para a população. “As informações são claras e mostram que a violência por parte dos policias que estão de folga está aumentando. Existem também muitos indícios da participação de policias em grupo de extermínio”, afirma.
Para ele, o sigilo dos dados ou a tentativa de manipulá-los mostra o estilo de condução de São Paulo que é completamente diferente do que o governador Geraldo Alckmin costuma dizer que funciona no estado.
“Não é surpresa ter ele ter tentado omitir parte dessas informações. Isso já é tradicional de seu governo”, lembra.
“Esse é o estilo PSDB e do Alckmin de governar. Sempre tentando esconder a realidade dos fatos. Não se trata de divulgar notícia boa e esconder notícia ruim, mas de divulgar o que efetivamente corresponde a realidade da segurança pública de São Paulo”, conclui.
Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias