Antes responsável por levar água a 9 milhões de pessoas, com o agravamento da crise hídrica, o sistema Cantareira consegue abastecer 5 milhões de pessoas. A situação tende a se agravar. De acordo com matéria publicada nesta quarta-feira (21) pelo jornal ‘Folha de S. Paulo’, o Jaguari-Jacareí, maior conjunto de represas do sistema e mais utilizado pela gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), está com apenas 1,7% de seu volume de água disponível.
O Jaguari-Jacareí responde por 975 bilhões dos 1,3 trilhão de litros de água que cabem no Cantareira. Atualmente, o Jaguari tem apenas 16 bilhões de litros. De acordo com a reportagem, a situação do conjunto é tão crítica que sequer a água do volume morto, no fundo das represas, consegue ser puxada pelas bombas.
A situação crítica do conjunto é consequência de ações da gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O Jaguari praticamente se esgotou por ser o mais exigido pela Sabesp, que prefere retirar o máximo de água do conjunto e armazenar em outras do mesmo sistema, porém mais próximas à capital do estado.
A reportagem aponta que a estratégia “estrangula” o conjunto de represas e “prorroga sua recuperação”. “As primeiras chuvas servirão só para umedecer o solo, e não armazenar água e elevar o nível”.
Os municípios de Bragança Paulista, Vargem, Piracaia e Joanópolis arcam com boa parte dos prejuízos da decisão da gestão tucana. Com espelho d’água 25 metros abaixo do normal, o trânsito de barcos é praticamente impossível.
O baixo nível das represas transformou locais onde antes havia água em solo duro, rachado. Ruínas que estavam submersas desde a década de 70, na época da criação das barragens do sistema Cantareira.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S. Paulo