O governo federal antecipou para esta segunda-feira (18) o pagamento do Bolsa Família para todos os beneficiários das 97 cidades atingidas pelo ciclone no Rio Grande do Sul. Os valores já estão disponíveis e podem ser sacados ou movimentados pelo aplicativo da Caixa. O valor médio do benefício é de R$ 686,89. O pagamento do Bolsa Família para as demais cidades do RS e do país segue o calendário oficial até dia 29.
Os 97 municípios do RS cujas famílias já estão com o benefício liberado são: Agua Santa, Almirante Tamandaré do Sul, Andre Da Rocha, Anta Gorda, Arroio do Meio, Arvorezinha, Bento Goncalves, Boa Vista das Missões, Boa Vista do Buricá, Bom Jesus, Bom Retiro do Sul, Cachoeira do Sul, Cachoeirinha, Camargo, Campestre Da Serra, Campos Borges, Candelária, Carlos Barbosa, Casca, Caxias do Sul, Chapada, Charqueadas, Ciríaco, Colinas, Coqueiros do Sul, Cotiporã, Coxilha, Cruz Alta, Cruzeiro do Sul, David Canabarro, Dois Lajeados, Eldorado do Sul, Encantado, Erechim, Espumoso, Estação, Estrela, Eugenio De Castro, Farroupilha, General Camara, Getúlio Vargas, Gravataí, Guaporé, Ibiraiaras, Imigrante, Ipê, Itapuca, Jacuizinho, Jaguari, Lagoão, Lajeado, Lajeado do Bugre, Marau, Mato Castelhano, Montauri, Montenegro, Muçum, Muliterno, Nova Alvorada, Nova Araçá, Nova Bassano, Nova Candelária, Nova Prata, Nova Roma do Sul, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Panambi, Parai, Passa Sete, Passo Fundo, Protásio Alves, Rio Grande, Roca Sales, Sagrada Família, Santa Maria, Santa Tereza, Santo Angelo, Santo Antonio do Palma, Santo Cristo, Santo Expedito do Sul, Sâo Domingos do Sul, São Jeronimo, São Jorge, São Nicolau, São Sebastiao do Caí, São Valentim do Sul, Sapiranga, Sarandi, Sede Nova, Serafina Correa, Sertão, Taquari, Vacaria, Vanini, Venâncio Aires, Vera Cruz, Vila Maria.
Busca ativa para beneficiar famílias mais vulneráveis
Desde o relançamento em março, o Bolsa Família já incluiu 2,15 milhões de novas famílias, sendo 550 mil apenas em setembro. No total 21,47 milhões de famílias são beneficiadas com um investimento de R$ 14,58 bilhões.
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O governo federal inseriu 694.424 novas famílias em março, 113.843 em abril, 200 mil em maio; julho e agosto somaram 300 mil novas famílias cada.
A estratégia do governo para que o programa alcance as famílias é fazer a busca ativa com foco nas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas que não tinham acesso ao benefício. O Bolsa Família, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), é um programa dinâmico, com entradas e saídas mensais. As famílias que se encaixam nos critérios de atendimento são incluídas todos os meses, e as que saem dos critérios são desligadas do programa. No mês de setembro foram 237.897 famílias canceladas.
Para isso, o MDS utiliza o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) que tem mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.
Exceto as famílias das 97 cidades do RS, as demais recebeem o Bolsa Família de hoje até o dia 29, começando com os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) de final 1.
Em setembro, o Bolsa Família está atendendo 9,49 milhões de crianças de até seis anos, totalizando um investimento de R$ 1,34 bilhão referente ao Benefício Primeira Infância. Cada uma delas recebe o adicional de R$ 150, exceto nas famílias em Regra de Proteção, que recebem metade do valor, segundo dados do MDS.
Crianças e adolescentes dos sete aos 18 anos incompletos, o governo federal está transferindo R$ 707,6 milhões. São 15,4 milhões de contemplados e mais de 750 mil gestantes, que recebem ao todo R$ 35,5 milhões.
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Governo federal agiu rápido na liberação de recursos
Para ajudar a população das cidades atingidas e recuperar a economia do Rio Grande do Sul o governo federal destinou R$ 1 bilhão via BNDES e também anunciou a liberação de R$ 600 milhões do FGTS para os 354 mil trabalhadores das cidades atingidas. Da Índia, onde participou da reunião do G20, o presidente Lula conversou com o governo do RS e afirmou a disposição do governo federal em apoiar os municípios atingidos. O vice-presidente Geraldo Alckmin liderou gabinete de crise com 10 ministérios e definiu medidas emergenciais logo nos primeiros dias após o ciclone que atingiu o Vale do Taquari.
Imediatamente após o temporal foi efetivada a Operação Conjunta das Forças Armadas com mais de 900 militares para apoiar o trabalho da Defesa Civil, em ações que somaram R$ 26 milhões do Ministério da Defesa. O Ministério da Integração liberou R$ 185 milhões para compra de cestas e insumos, R$ 45 milhões para limpeza urbana e desbloqueio de ruas e R$ 95 milhões para reconstrução de pontes e estradas. A ponte sobre o rio das Antas, na BR 116, foi reconstruída com R$ 16 milhões do Ministério dos Transportes.
O Ministério da Saúde reforçou os estoques de vacinas estão e enviou profissionais da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e restabeleceu Unidades Básicas de Saúde; enviou kits de medicamentos para o atendimento a 15 mil pessoas; implantou hospital de campanha em Roca Sales (RS) e montou outros hospitais de campanha, totalizando R$ 80 milhões em recursos.
O Ministério das Comunicações e a Telebras atuaram no restabelecimento da telefonia e a comunicação em 19 municípios, com satélites transportáveis para restabelecer as comunicações. A Polícia Rodoviária Federal fez campanha para arrecadar alimentos, água mineral e vários outros itens.
O governo federal proveu ainda, através Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), 20 mil cestas de alimentos; R$ 239 milhões em ajuda humanitária; parceria com as prefeituras no repasse de até R$ 800 por pessoa, além da antecipação do Benefício de Prestação Continuada para o dia 25; R$ 125 milhões para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) terá R$ 125 milhões e destinação dos produtos às pessoas nos abrigos, aos inscritos no Cadastro Único e no Bolsa Família e a cozinhas solidárias e outros equipamentos públicos; CEF liberou saque emergencial do FGTS no valor de até R$ 6.220; construção de 1,5 mil unidades habitacionais extras pelo Minha Casa, Minha Vida com orçamento de R$ 195 milhões do Ministério das Cidades; Receita Federal prorrogou pagamentos de tributos federais e disponibilizou mais de 30 mil peças de vestuário, calçados, artigos de higiene, cama e banho, totalizando aproximadamente R$ 6 milhões, para distribuição às famílias atingidas.
Da Redação