O governo federal vai criar mais três mil bolsas de residência médica, sendo 75% delas destinadas à formação de especialistas em medicina geral para a família e para a comunidade. Ao longo do programa, o governo ofereceu 7.641 bolsas de residência.
O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante a cerimônia em comemoração aos dois anos de criação do Mais Médicos, nesta terça-feira (4), no Palácio do Planalto, com a presença da presidenta Dilma Rousseff.
Desde julho de 2013, quando o Mais Médicos foi lançado, 63 milhões de pessoas foram atendidas pelos 18,240 médicos que aderiram ao programa. Eles atuam em 4,058 municípios e 34 Distritos Especiais Indígenas (DSEI).
O ministro anunciou também a assinatura de portaria ministerial entre as pastas de Saúde e Educação para a expansão das faculdades de medicina pelo País. A parceria visa a ampliar a oferta e a avaliação dos cursos. “Trata-se de uma medida extremamente importante porque coloca publicamente os compromissos de cada um dos atores envolvidos”, detalhou Chioro.
Até 2017, terão sido criadas 11,5 mil vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas em residência médica para a formação de especialistas com foco na valorização básica, informou o ministro.
“Para corrigir o déficit histórico”, terão prioridade na distribuição de bolsas de residência profissionais das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste.
O ministro da Educação, Renato Janine, apresentou as diretrizes que norteiam a oferta de qualificação pelo Mais Médicos. “Estamos travando o bom combate, estamos conseguindo um bom resultado”, defendeu.
De acordo com Janine, foram criados 50 novos cursos de graduação em medicina e 5.306 vagas. Antes do Mais Médicos, 213 instituições ofereciam cursos, totalizando 17.931 vagas. Agora, são 263 cursos e 23.237 vagas.
As residências também foram ampliadas de 15.919 para 20.556. “Estamos confortáveis para alcançar as metas que a lei estabelece para os próximos dois anos”, informou o ministro da Educação, sobre as metas previstas na lei que regulamenta o programa Mais Médicos.
“Estamos procedendo uma grande interiorização das faculdades de medicina. O Brasil ainda está muito focado na costa e nas capitais, raros são os estados que tem o interior desenvolvido. O que estamos fazendo um avanço significativo para o interior”, avaliou Janine.
Até 2016, o Brasil terá 1,32 vagas em cursos de medicina por 10 mil habitantes. A meta para 2018 é 1,34 vagas.
Além disso, o programa atua também na melhoria da infraestrutura das unidades básicas de saúde. O governo federal aprovou 26 mil propostas de reformas, ampliação ou construção de unidades, totalizando investimentos de R$ 5,6 bilhões. Dessas, 11.959 foram concluídas.
Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias