O Ministério da Educação autorizou a criação de mais 400 vagas em cursos de medicina em três universidades federais, dos estados da Paraíba, Tocantins e Rio de Janeiro. A medida foi publicada nesta quarta-feira (3) no Diário Oficial da União e faz parte da Política Nacional de Expansão das Escolas Médicas das Instituições Federais de Educação Superior, que integra o Programa Mais Médicos.
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, será favorecida com a adição de 145 vagas. Na capital carioca, a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) irá oferecer 160 novas vagas e a Fundação Universidade Federal do Tocantins (UFT), irá receber 100 alunos a mais para o curso de medicina.
Ao todo, a meta estipulada pelo programa Mais Médicos para solucionar a falta de profissionais é criar 11,5 mil vagas em cursos de graduação de medicina até 2017.
Em maio, o ministério autorizou a abertura de 420 vagas e a criação de oito novos cursos de medicina em universidades federais do interior do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Em janeiro, o governo anunciou a criação de 1.340 vagas anuais em cursos de medicina. Antes, em dezembro de 2013, foram criadas também mais 560 vagas em universidades federais das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.
Serão oferecidas, ainda, mais oportunidades para residência médica, especialização necessária para atuar em áreas como pediatria, ortopedia, cardiologia e geriatria. O governo estima que 12,4 mil cadeiras devem ser criadas até 2018 em instituições de ensino superior
A prioridade do programa Mais Médicos é oferecer um número cada vez maior espaço para estudantes em cursos de medicina nas cidades do interior, comumente mais castigadas pela falta de profissionais da saúde. Para atender a essa demanda, o governo anunciou o surgimento de novos cursos em 39 municípios de 11 estados brasileiros.
Ao todo, o Brasil conta hoje com mais de 21 mil estudantes em cursos de medicina. Dessas, 11 mil estão no interior e 10 mil, nas capitais. Realidade bastante diferente da encontrada em 2012, quando haviam 8.772 vagas ofertadas no interior e outras 8.911 nas capitais.
Os números mostram o resultado do recente processo de interiorização do ensino superior. Dados do Censo da Educação Superior, mostram que foram abertas apenas 1,3 mil vagas em cursos de medicina em instituições públicas, de 2000 a 2011.
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias