O combate à desigualdade de gênero é um compromisso firmado pelo PT com as mulheres, e também é uma demanda reivindicada pela população. Uma pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada na última sexta-feira (14) pela ONU-Mulheres revelou que 81% da população considera de extrema importância o desenvolvimento de políticas que promovam a igualdade de gênero no Brasil.
De acordo com o levantamento, para essa parcela de brasileiros e brasileiras o Governo Federal deve desenvolver iniciativas para estimular que homens e mulheres tenham os mesmos salários e as mesmas oportunidades no mercado de trabalho.
Em diálogo com essa reivindicação, o Plano de Governo da coligação O Povo Feliz de Novo trata do assunto como eixo central. No governo de Fernando Haddad e Manuela D’Ávila, a desigualdade de gênero será considerada para a formulação e execução de toda e qualquer política pública.
O documento também trata da isonomia salarial entre homens e mulheres e assegura a formulação de políticas para que os rendimentos sejam equiparados. Para isso, será recriada a Secretaria de Políticas para Mulheres, com status de Ministério. A ampliação de vagas em creches também está prevista no programa.
A disparidade no mundo do trabalho é uma barreira para igualdade de gênero reafirmada por diversas pesquisas. De acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2016, o salário médio pago às mulheres correspondia a 77,5% do valor pago aos homens no Brasil, sendo que as mulheres negras têm ainda mais desvantagens.
A discrepância salarial acontece apesar de as mulheres serem maioria no ensino superior, Segundo o estudo, 16,9% da população do sexo feminino com 25 anos ou mais tem esse nível de escolaridade, contra 13,5% entre os homens.
Representatividade nos espaços de poder e decisão
Outro ponto abordado pela pesquisa Ibope é sobre a participação da mulher na política. Para 77% dos entrevistados, metade das cadeiras do Congresso Nacional, assembleias legislativas e câmaras de vereadores deveria ser ocupada por mulheres.
O tema também é mencionado no Plano de Governo petista, que propõe uma ampla reforma política com participação popular. O documento defende a adoção da paridade de gênero e de cotas de representatividade étnico-racial para enfrentar a sub-representação de mulheres na política, especialmente das indígenas e negras.
O governo de Haddad e Manuela também se compromete a trabalhar para aumentar significativamente a presença das mulheres nas instâncias de decisão do Poder Executivo, sobretudo na composição dos ministérios, do Poder Judiciário, do Poder Legislativo e Ministério Público.
Por Geisa Marques, da Comunicação Elas por Elas