Os salários pagos a mais da metade dos quase 1,2 mil servidores (da ativa e aposentados) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) estão acima dos valores permitidos pela legislação brasileira, afirma reportagem publicada, neste domingo (23), pelo jornal “O Estado de São Paulo”.
Os beneficiários dos supersalários seriam 614 servidores, sendo 602 professores e 12 técnicos administrativos da ativa, de acordo com informações atribuídas à reitoria da Unvesp. O quadro da Unesp possui 624 servidores na ativa e 524 aposentados, e, entre esses, 465 professores inativos estariam entre os “ilegais”.
Os valores não foram revelados, mas o pedido de divulgação dos gastos com a folha de pagamento da universidade é alvo de uma ação movida pelo jornal “Folha de S. Paulo”.
Na ação, o jornal pede a relação completa dos servidores, com nome e respectivo salário. A ação ainda será julgada.
A “Folha” alega que a Constituição estabelece como teto salarial para os servidores estaduais o salário do próprio governador Geraldo Alckmin (R$ 21,6 mil), por meio de regulamentação estabelecida pela Lei 1.148.
“A Unesp, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que prepara, para as próximas semanas, uma forma de divulgar a lista de salários dos servidores. A relação será publicada no portal da instituição na internet”, informou no sábado a agência Folhapress.
Em nota, encaminhada à Agência PT de Notícias, a Assessoria de Imprensa da Unesp informa que o número correto de docentes do seu quadro “é de 4.008 ativos e 1.789 inativos, totalizando 5.797; e o de servidores técnico-administrativos, 6.896 ativos e 3.852 inativos, totalizando 1.078”, ao contrário dos dados contidos na reportagem distribuída pela Agência Folhapress, citada pela Agência PT.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias