O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) garantiu, em nota divulgada após reunião nesta quarta-feira (4), que não haverá insuficiência de suprimento energético no Brasil em 2015.
Segundo o colegiado, as capacidades de geração e transmissão instalada no País garantem o equilíbrio, principalmente porque continuam a ser ampliadas com a entrada em operação de usinas, linhas e subestações.
Além disso, segundo o comitê, o sistema garante o atendimento da carga prevista para 2015, de 67.260 megawatts médios de energia.
“Há sobra estrutural de cerca de 7,3 mil megawatts médios para atender a carga prevista”, acrescenta a nota. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, essa sobra considera a entrada em operação de novos 504 megawatts de energia nos próximos meses e a projeção de demanda no ano.
O Comitê de Monitoramento afirmou, no entanto, que o risco de déficit de energia nas regiões Sudeste e Centro-Oeste subiu de 4,9% no mês de janeiro para 7,3% em fevereiro. No Nordeste, o índice permanece estável (1,2%).
Considerando a plena utilização das usinas térmicas, o risco de faltar energia no Sudeste e Centro-oeste é de 6,1% e zero para o Nordeste.
Em relação às chuvas, o CMSE relembrou que, em janeiro, choveu abaixo da média histórica na maior parte do País. No Sudeste e Centro-Oeste apenas 38%, e no Nordeste, 26%. Sobre os reservatórios, o órgão avaliou que as bacias hidrográficas refletem “uma situação climática desfavorável” desde o período de chuvas de 2014.
Apesar do “equilíbrio estrutural”, o colegiado admite a aplicação de medidas “conjunturais” para conter o risco de carga excessiva, que provocam apagões. Essas ações devem contribuir para melhor “distribuição espacial dos volumes armazenados”.
Eficiência energética – Os esforços do governo para evitar apagões implicam também na adoção de um programa de eficiência energética, a ser anunciado em dois ou três meses, segundo o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.
Desta forma, estão em estudo medidas para premiar os consumidores residenciais, comerciais, industriais e instalações públicas que adotem medidas eficientes para reduzir o consumo.
O ministro citou ações simples que podem ser tomadas pelo poder público para redução do uso de energia como a troca de lâmpadas dos prédios públicos por modelos mais eficientes e instalação de equipamentos automáticos de desligamento das luzes.
“O uso inteligente da energia é algo que nós devemos propagar cada vez mais, por todos aqueles que têm responsabilidade com o meio ambiente, com a qualidade de vida, pois faz com que ela seja mais barata para nós”, declarou à Agência Brasil, nesta quarta.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias