Após dizer que reduzirá o Sistema Único de Saúde (SUS), o ministro golpista da Saúde, Ricardo Barros, afirma que não vai controlar a qualidade dos serviços de planos de saúde ofertados no País. “Ninguém é obrigado a contratar plano. Não cabe ao ministério controlar isso”, disse, em entrevista ao jornal “Estado de S. Paulo”.
Pouco preocupado com a qualidade dos serviços oferecidos pelos planos, Barros defende, no entanto, mais planos de saúde.
“Ninguém afirmou que a saúde tem de ser bancada apenas pelo governo. Quanto mais recursos destinados para a área, melhor para o SUS”, declarou.
Em entrevista à “Folha de S. Paulo”, publicada na terça-feira (17). Barros disse que é recomendável que os cidadãos tenham plano de saúde privado. “Quanto mais gente puder ter planos, melhor, porque vai ter atendimento patrocinado por eles mesmos, o que alivia o custo do governo em sustentar essa questão”. Horas após a entrevista ter sido divulgada, o ministro golpista recuou e disse não pretender reduzir o SUS.
A defesa dos planos de saúde é de suma importância para o ministro golpista por uma “simples razão”: doações eleitorais. O maior doador individual da campanha de Barros para deputado federal em 2014, coincidentemente ou não, foi Elon Gomes de Almeida, sócio do Grupo Aliança, uma gigante de planos de saúde, informou a coluna Expresso, da revista “Época”.
Fiscalização
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é a agência reguladora vinculada ao Ministério da Saúde e responsável pelo setor de planos de saúde no Brasil.
Começam a vigorar, no domingo (15), as novas regras de atendimento prestado por operadoras de planos de saúde nas solicitações de procedimentos e serviços de cobertura assistencial. As medidas, definidas pela ANS por meio da Resolução Normativa 395, foram anunciadas em janeiro deste ano, pela gestão da presidenta eleita Dilma Rousseff. A multa em casos de descumprimento das normas varia de R$ 30 mil a R$ 250 mil.
Da Redação da Agência PT de Notícias