“Uma consulta sobre reforma política não pode ser exaustiva, no sentido de que tenha muitas questões. Porque fica muito difícil fazer a consulta. Acho que, basicamente, não é que serão as únicas sugestões, mas diz respeito ao financiamento das campanhas e ao padrão eleitoral, de voto vigente. Se é proporcional, se é distrital, se é misto”, afirmou Dilma. A presidenta disse esperar que a reforma tenha validade já no próximo pleito, em 2014. Mas lembrou que a definição depende de consulta feita ao Tribunal Superior Eleitoral, que deve definir o prazo necessário para a organização e a realização do plebiscito. Outro fator, segundo Dilma, é o andamento da matéria na Câmara dos Deputados e do Senado Federal, responsáveis por convocar a votação. “Do nosso ponto de vista, seria de todo oportuno. Mas nós não temos como definir isso. Depende do prazo que der o Tribunal Superior Eleitoral e, em função desse prazo, que eu não sei qual será, depende do Senado e da Câmara. (…) Eu gostaria muito, para levar em conta toda essa energia que nós vimos nas mobilizações que tivesse efeito sobre a eleição”, explicou. Sobre as manifestações dos últimos dias, a presidenta disse que existe um desejo de mais participação e por isso o plebiscito é importante, para que haja protagonismo da população, para que o povo seja consultado. Ela afirmou que determinou aos ministros a aceleração da gestão e da execução dos projetos que já estão em andamento. Sobre o gasto público, Dilma afirmou que não haverá redução de gastos na área social. “A população mais pobre pode ter certeza – o meu governo jamais negociará redução de gasto social. (…) O povo na rua não pediu redução de gasto social e eu não farei. Cortar Bolsa Família, jamais”, disse. (Blog do Planalto)