Depois de quatro anos de gestação em parceria com museus, institutos de pesquisa, ministérios, fundações e o apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), está acessível a órgãos governamentais, pesquisadores, estudantes e curiosos sobre o meio ambiente, o Sistema de Informações sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Trata-se de uma plataforma na qual constará todas as informações disponíveis sobre diversidade biológica do País, as pesquisas já realizadas e as que estão andamento.
Segundo a Coordenadora-geral de Gestão de Ecossistemas da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Andrea Nunes, o sistema oferece informação para quem toma decisão de proteção ou de uso. “Independentemente do uso da política ambiental, a pessoa vai ter acesso a uma informação mais completa e qualificada”, afirmou Andrea.
No mesmo sentido, a representante no Brasil do Observatório do Ambiente do Programa de Conservação Mundial das Nações Unidas acredita que o sistema vai oferecer mais e melhores informaçõe sobre a biodiversidade brasileira.
“Os dados do SiBBr vão possibilitar melhor planejamento sobre pesquisa e manejo dos recursos biológicos do Brasil”.
O Brasil é um País megadiverso, detém cerca de 20% da biodiversidade do planeta. Todas essas informações estão distribuídas por uma grande quantidade de universidades, institutos de pesquisa, órgãos públicos ambientais, o que dificulta a pesquisa.
Dados de órgãos públicos e de coleções particulares farão parte do banco de dados. No momento, estão registradas 93.687 espécies. Até o final de 2016, serão 2,5 milhões de registros da biota brasileira.
Por enquanto, o site conta com os publicadores Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA), Museu Paranaense Emílio Goeldi, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Museu Nacional – UFRJ e Universidade Federal do Paraná(UFPR). O desenvolvimento, a hospedagem a gestão do SiBBr estão aos cuidados do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
O sistema não atende apenas usuários especializados, mas vem ao encontro dos propósitos da Lei 12.527, de direito à informação e foi planejado para atender ao público leigo.
“Há áreas no SiBBr específicas para a sociedade civil, mas todo ele foi concebido para atender desde o pesquisador, ao público leigo, passando pelo gestor público da área ambiental” disse Andrea Nunes.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias