O Ministério dos Transportes do governo Lula anunciou uma verba de R$ 400 milhões para a conservação das rodovias federais no estado do Paraná. Esses recursos serão para que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) possa atuar nas rodovias sem concessão, com prioridades para a BR-277.
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, divulgou em sua rede social o anúncio feito pelo ministro Renan Filho a parlamentares do Paraná.
De acordo com informações do Ministério dos Transportes, para o Paraná, o orçamento reserva R$ 439 milhões para conservação e manutenção das rodovias federais que cortam o estado, incluindo a BR-277/PR. Estão previstos ainda R$ 285,2 milhões para investimentos em ampliação e construção de empreendimentos na malha rodoviária.
Ainda segundo o Ministério dos Transportes, somando orçamento e restos a pagar, o total chega a R$ 724,2 milhões, mais de três vezes o aplicado no estado em 2022. Os valores serão executados pelo Ministério dos Transportes por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Corte no orçamento de 2022
Em 2022, o governo Bolsonaro reduziu o orçamento para manutenção e investimentos em rodovias federais destinado ao DNIT para o menor valor nos últimos 10 anos. O órgão, que possuía um orçamento de R$ 9 bilhões, viu este número cair para R$ 6,2 bilhões para investimentos. O corte feito por Bolsonaro no ano passado ocorreu justamente no momento mais crítico vivido pelas rodovias federais em todo o país.
Um fato grave decorrente do abandono das rodovias federais pelo governo de Jair Bolsonaro foi justamente a interdição da BR-277, devido aos deslizamentos ocorridos no ano passado, provocados pelas fortes chuvas que caíram no estado. A interdição dessa importante rodovia afeta o escoamento da safra e as exportações do país.
A BR-277, localizada no litoral do Paraná, é a principal rota de acesso ao Porto de Paranaguá para os caminhões que carregam a soja produzida no estado. Os problemas provocados pelos deslizamentos de terra e afundamento do asfalto ao longo da rodovia, com alguns trechos funcionando em meia pista, prejudicam esse acesso, causando atrasos no escoamento.
Com o comprometimento do escoamento da safra, as cooperativas estão tendo problemas com a falta de espaço para estocar a sua produção de grãos, já que os armazéns estão cheios devido aos atrasos provocados pelas interdições na BR-277.
Da Redação