Partido dos Trabalhadores

Governo Lula lança Guia Eleitoral para candidaturas femininas e negras

Elaborado pelos ministérios da Igualdade Racial e das Mulheres, em parceria com o Senado, documento busca apoiar candidaturas de grupos sub-representados e contribuir para a transformação e o fortalecimento da democracia

Divulgação

O material foi desenvolvido para fortalecer a representatividade de gênero e raça nas eleições municipais de 2024

No ensejo do mês do Julho das Pretas, que marca o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado no dia 25, os ministérios da Igualdade Racial e das Mulheres, em parceria com o Senado Federal,  lançaram o “Guia eleitoral com perspectiva feminina e negra”. O material foi desenvolvido para fortalecer a representatividade de gênero e raça nas eleições municipais de 2024.

O documento busca democratizar informações eleitorais, capacitando candidatas a entenderem as regras do jogo e a se prepararem de forma eficaz para suas campanhas. A missão é garantir que todas tenham acesso ao conhecimento necessário para se destacar na política, combatendo as desigualdades e violências de gênero na política.

Algumas das orientações que as leitoras poderão ter acesso tratam sobre estratégias de pré-campanha com dicas para planejar ações, fortalecer redes e entender as regras eleitorais; informações sobre as novidades e regras específicas para candidaturas femininas e negras, além de como utilizar a propaganda eleitoral gratuita; dados sobre o calendário eleitoral com prazos e datas-chave que devem ser observados como os dias do 1º e 2° turno; e orientações para identificar e denunciar a violência política de gênero, além de dicas de proteção nas redes sociais. 

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Maioria da população, negros são minoria nos espaço de poder

Alguns dados que apontam os obstáculos que impedem as pessoas negras de se colocarem no jogo democrático: informações do TSE indicam que, em 2018, as candidaturas negras representaram 46,4% do total; nas eleições municipais de 2020, 771 casas legislativas (13,86%) não elegeram nenhuma pessoa negra; em 2022, o número de candidaturas negras inscritas chegou a 50,27% do total. 

De acordo com o Censo 2022, os pardos são 45,3% da população e superaram a quantidade de brancos pela primeira vez desde 1872, quando foi realizado o primeiro recenseamento do país. Além disso, a proporção de pretos mais que dobrou entre 1991 e 2022, alcançando 10,2% da população. 

Diante desses números se evidencia a urgência de a política ser ocupada cada vez mais por pessoas pretas, especialmente as mulheres, que formam a base da pirâmide social para que a política se torne, de fato, um espaço democrático e representativo.

“O Guia Eleitoral consiste em uma ferramenta estratégica para enfrentar os desafios da representação feminina e negra na política. Objetiva-se com o material não só apoiar as candidaturas de grupos sub-representados em suas jornadas políticas ao longo dos pleitos eleitorais, mas também contribuir para uma transformação social mais inclusiva, que potencialize a participação coletiva, a justa distribuição equitativa de oportunidades e o fortalecimento da democracia brasileira”, diz trecho do documento.

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Da Redação do Ela por Elas, com informações da Agência Brasil e Senado Federal