Partido dos Trabalhadores

Governo mantém meta de R$ 18 bi para renovar concessões

Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, diz que otimismo se baseia no grande interesse de investidores nacionais e estrangeiros nas 29 hidrelétricas que serão licitadas pela Aneel

Foto: divulgação / maio de 2014

A meta do governo Dilma Rousseff de arrecadar quase R$ 18 bilhões com leilões para renovar concessões de 29 usinas hidrelétricas, previstos para começar no mês que vem, não foi afetada pela alta do dólar ou pela indefinição do Congresso sobre medidas do ajuste fiscal.

A avaliação é do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que se manifestou sobre o assunto nesta quarta-feira (23). O leilão inicial dessas usinas, cujas licenças venceram após 30 anos de exploração comercial, está agendado para 30 de outubro.

O cronograma de realização dos leilões, organizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), prosseguirá em 2016. O governo pretende faturar R$ 11 bilhões este ano e os demais R$ 7 bilhões no próximo ano.

Tanto otimismo do ministro deve-se, segundo ele próprio, ao grande interesse de investidores nacionais e estrangeiros pelos empreendimentos que serão leiloados, como as usinas de Três Marias, no Rio São Francisco, em Minas Gerais, e Jupiá e Ilha Solteira, ambas no Rio Paraná, entre São Paulo e Mato Grosso do Sul.

A primeira foi concedida à Cemig, estatal energética de Minas; e as outras duas, à Cesp, do governo paulista. Os investimentos nas três, como nas demais 26 que irão a leilão, foram amortizados e, por isso, podem operar com custos menores e tarifas mais atraentes.

As regras do leilão foram flexibilizadas para permitir que grupos geradores estrangeiros apresentem propostas competitivas, com tarifas reduzidas e impacto direto na fatura do consumidor.

“Estamos bastante otimistas de que será possível, sim (alcançar a sucesso previsto)”, disse o ministro ao portal “Canal Energia”, especializado no setor. Ao ser questionado sobre o tema, Braga afirmou que a grande valorização do dólar nos últimos dias só é problema para a Petrobras, devido ao seu grande endividamento em moeda norte-americana.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias