O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta quarta-feira (2) que a decisão do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), de acolher o pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff é “meramente política”, mas que o governo preferiu não ceder à pressão e preferiu seguir o caminho republicano.
“Recebemos com indignação essa decisão porque não há fato determinado contra a presidenta Dilma. Por isso, trataremos esse assunto com muita naturalidade e transparência. Todo mundo sabe as razões que levaram até essa decisão”, disse o líder ao se referir à decisão do PT de votar pela continuidade do processo de cassação do presidente da Câmara.
A decisão de Cunha foi anunciada apenas cinco horas após o anúncio do partido.
“O governo preferiu não ceder a pressão, preferiu o caminho republicano. Vamos enfrentar com a presidenta esse processo com a mais absoluta normalidade. Precisamos fazer as instituições funcionarem. Temos que concluir as votações. Os processo aqui continuam seja no Conselho de Ética ou nas comissões”, ressaltou.
“Essa mulher tem história, tem legado e essa invenção criada pela oposição que na semana passada jogava pedra no presidente da Câmara e hoje recorre a ele para fazer essa presepada”, completou.
Guimarães comentou ainda sobre uma pressão que tirou de “suas costas” com essa decisão do presidente da Casa e disse que o governo deu demonstração de força neste dia. O líder afirmou que a base estará junto com a presidenta Dilma para “o que der e vier”.
“Tirei uma espada das minhas costas. Estamos junto com ela para o que der e vier. Estamos preparados para enfrentar esse processo com tranquilidade, dialogando com o País e mostrando que isso é uma tremenda injustiça contra a presidenta, pela história que ela tem. Não há nenhuma denúncia contra ela. Não vamos entrar nesse jogo meramente político”, enfatizou.
O deputado finalizou dizendo que aqueles que ouviram o discurso da oposição na semana passada e nesta quarta-feira percebem o que “está em jogo e o que foi negociado”.
Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias