O ministro da Secretaria Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, afirmou, em entrevista ao jornal “O Globo”, publica neste sábado (18), que o governo federal não interfere em nenhuma investigação, prova disto é o fato de pessoas do “partido que lidera o governo” terem sido condenadas e presas.
“Há pessoas condenadas, presas, do partido que lidera o governo (PT). O momento é ruim, difícil, e muitas vezes turva os olhos e acaba dificultando uma interpretação mais racional”, justificou.
Edinho Silva afirmou também que “todas as denúncias têm que ser investigadas” e defendeu que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), tenha “toda a capacidade de elaboração de sua defesa”.
O ministro refutou ainda qualquer possibilidade de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, por falta de “materialidade jurídica”.
“O impedimento de um governo não pode ser luta política. Se alguém quer governar, que espere três anos, vamos estar em processo eleitoral”, disse.
“Espera-se que as lideranças políticas, não só da situação como da oposição, não caiam na tentação do atalho. O Brasil tem que estar acima de projetos pessoais”, completou Edinho Silva.
Questionado sobre declaração recente do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre doação legal poder ser fruto de crime, Edinho esclareceu que não há como determinar antecipadamente a legalidade de doações.
“Quando você tem conhecimento, ele disse, que o dinheiro é originário de uma ilegalidade, (…) você tem ciência de que, mesmo o dinheiro sendo legalizado, tem origem duvidosa. Agora, se você vai a uma empresa legal, que tem visibilidade pública, o dinheiro está contabilizado, e você arrecada, e depois lá na frente questiona-se a origem do dinheiro, aí nenhum tesoureiro de campanha ou de partido tem bola de cristal”, explicou.
Para o segundo semestre deste ano, o ministro afirmou que a presidenta irá “se preocupar” mais com a agenda de governo. “O governo não pode parar de governar a cada episódio de investigação que aconteça”, ressaltou.
Da Redação da Agência PT de Notícias