Apesar da escassez chuvas em boa parte do Brasil, à exceção da região Sul, e dos baixos estoques de água nos reservatórios nas demais regiões, o risco de haver apagões no Brasil ainda este ano está descartado pelo Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE).
O comitê é liberado pelo Ministério de Minas e Energia e também reúne representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), de reguladores, como a Agência Nacional de Energia Elétrica/Aneel e do Petróleo/ANP e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), além de outros órgãos oficiais do sistema.
“O Sistema Interligado Nacional (SIN) dispõe das condições estruturais para o abastecimento do País, embora as principais bacias hidrográficas onde se situam os reservatórios das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste tenham enfrentado uma situação climática desfavorável”, informa nota, divulgada após reunião mensal promovida nessa quarta-feira (4).
Segundo o comitê, há “sobra estrutural” de 9,3 mil megawatts (MW) no sistema para atender a demanda dos próximos meses.
“O sistema elétrico apresenta-se estruturalmente equilibrado, devido à capacidade de geração e transmissão instalada no País”, informou, ao acrescentar que a capacidade continua em expansão, com a operacionalização de mais usinas, linhas de transmissão e subestações.
Um total de 4,4 mil MW novos foram agregados ao sistema em 2015, ao mesmo tempo em que a demanda vem em queda desde início do ano.
Isso permitiu o desligamento, a partir de agosto, de dezenas de usinas de geração térmica com custo mais elevado, como as movidas a carvão, óleo e gás natural (mais de R$ 600 o KW/hora, contra pouco mais de R$ 120 da geração hidrelétrica).
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias