A reforma da Previdência proposta pelo governo golpista de Michel Temer nesta terça (6) foi extremamente mal recebida pelas principais centrais sindicais. Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, a proposta é mais uma medida – e uma das mais duras – do “pacote de maldades” de Temer.
“Os financiadores do golpe estão cobrando a conta. Esse governo Big Brother, que cada dia tem um novo ministro eliminado, continua a apostar em um pacote de maldades. As medidas adotadas pelo Palácio do Planalto são extremamente regressivas. O governo quer extirpar o povo humilde, o povo mais carente, o povo que mais precisa”.
De acordo com ele, a reforma é uma forma de tentar encontrar uma saída para justificar o golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, mesmo que, para isso, privilegiem apenas os detentores do grande capital.
“O argumento do golpe é que era necessário retomar o crescimento econômico. A economia está derretendo. Eles se esforçam em fazer caixa para honrar o superávit primário e bater palmas para o grande capital, sobretudo o capital financeiro, o especulativo e o rentismo’.
Araújo garantiu que não há outra saída além da reação das centrais e lembrou que a Previdência pertence ao povo. “A Previdência não é uma poupança do Governo. É uma poupança da sociedade”.
Por Bruno Hoffmann, para a Agência PT de Notícias