Da Agência Brasil – Em meio a cantos de luta por melhorias e faltando pouco mais de um mês para a 5ª Marcha das Margaridas, o movimento entregou nesta-feira (3) ao governo federal uma pauta de reivindicações das trabalhadoras, entre as quais a necessidade de políticas para apoiar grupos femininos que contribuem para a soberania alimentar, de acordo com a coordenadora do evento, Alessandra Lunas.
“É preciso fortalecer os olhares para os quintais produtivos, para outras formas de produção”, ressalta Alessandra. Reforma agrária, diminuição do uso de agrotóxicos e combate à violência contra as mulheres são outras demandas citadas pelo movimento, formado por trabalhadoras do campo, da floresta e das águas.
Com o lema “Margaridas seguem em Marcha por Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”, as Margaridas marcharão em Brasília nos dias 11 e 12 de agosto.
Na solenidade de entrega da pauta, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, prometeu discuti-la com a presidenta Dilma Rousseff e que, durante os dias de marcha, levaria a resposta às trabalhadoras. “Nós reconhecemos na marcha das margaridas um grande movimento das mulheres agricultoras trabalhadoras rurais”, disse Rosseto.
A Marcha das Margaridas, que teve sua primeira edição em 2000, é uma ação estratégica das mulheres do campo, da floresta e das águas que integra a agenda permanente do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e de movimentos feministas do Brasil.O nome do movimento foi em homenagem à líder sindical paraibana Margarida Maria Alves (1943 –1983), trabalhadora rural que aos 40 anos foi assassinada por sua atuação política local.
De acordo com a organização da marcha, a última edição reuniu 70 mil mulheres e a expectativa para a edição de 2015 é mobilizar mais de 100 mil trabalhadoras.
Da Redação da Agência PT de Notícias