Centrais Sindicais, movimentos estudantis e sociais, organizações não-governamentais e simpatizantes se reuniram no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo, na noite de quinta-feira (20), para rechaçar a tentativa de golpe, pela defesa da democracia e contra as pautas conservadoras que estão em discussão Congresso Nacional. Militantes de todo estado foram à capital para participar da mobilização;
Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), repudiou o ódio e intolerância dos grupos que organizaram as manifestações contra o governo. “Eles vão pra Paulista e dizem que são contra a corrupção, mas ficam de mãos dadas com o Eduardo Cunha e com o playboy de Ipanema que nunca fez nada pelo povo”, afirmou.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, apontou a importância pela luta por mais direitos. “A terceirização e a redução da maioridade penal foram derrotas para os trabalhadores e a população”.
Um casal de simpatizantes que acompanhou a manifestação criticou a defesa, durante os atos da oposição, da volta do regime militar no Brasil. Eles afirmaram, também, ser contra o discurso de ódio que pregam algumas organizações, principalmente na internet.
Emidio de Souza, presidente do PT Estadual em SP, afirmou que as manifestações desta quinta-feira unificam as forças progressistas do Brasil inteiro. Ele definiu a mobilização como um ato marcante na história da resistência contra qualquer tipo de golpismo no país.
“É movimento contrário às ideias golpistas e conservadoras. Essa é a marcha dos sem ódio, daqueles que querem o Brasil cada vez mais com inclusão social”.
Os manifestantes também não deixaram passar críticas ao governador tucano Geraldo Alckmin e a gestão do PSDB no Estado. Durante o ato, foram citados a falta de segurança, a péssima gestão na educação e principalmente a gravíssima crise hídrica que assola São Paulo. Adesivos de “Alckmin, cadê a água?” foram distribuídos.
A deputada estadual petista Márcia Lia definiu o ato como um contraponto à onda anti-democrática atual. “Temos visto muitas das pessoas defendendo a volta da ditadura ou intervenção militar, certamente elas não leram um livro de história e não tem noção o retrocesso que isso significaria para o país”.
Durante todo o percurso, diversas baterias animaram os participantes, que cantavam “Não vai ter golpe” a todo o momento. Também foram vistos muitos cartazes em apoio à presidenta Dilma, pedindo menos ódio e condenando qualquer tentativa de golpe. A manifestação foi ordeira e pacífica, os participantes partiram da zona oeste e caminharam até a Avenida Paulista, onde se encerrou o ato.
Por Gustavo Mello, da Agência PT de Notícias