A inflação medida pelo Índice de Preços Ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou abril em forte queda de quase 57% em comparação com o mês anterior. O índice foi influenciado pelo grupo habitação, que caiu de 1,21% para 0,57% no dois últimos meses. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O resultado de 0,61% do IPC-S de abril representa menos da metade do índice obtido em março, que foi de 1,41%. Além de ficar 0,10 ponto percentual abaixo da última pesquisa, o indicador é inferior em 0,70 ao registrado em março.
Nos quatro primeiros meses deste ano, o IPC-S acumula variação de 4,79%, valor que alcança 8,41% nos doze meses iniciados em maio de 2014.
Nominalmente, os itens que mais pressionaram o custo de vida medido pelo IPC-S foram refeições fora de casa, com 0,98%; tomate, 19,39%; leite do tipo longa vida, 5,4%; aluguel residencial, 0,74%; e seguro saúde, em 0,69%.
Os itens que contribuíram para reduzir a inflação foram a batata-inglesa, com -12,38%; gasolina, -0,75%; massas preparadas e congeladas, -4,33%; tangerina, -9,04%; e show musical, com -2,05%.
Tarifa de energia – Três dos oito grupos pesquisados mostraram-se em queda, com destaque para habitação, seguida dos grupos educação, leitura e recreação e alimentação. Habitação passou de 1,21% para 0,57%.
Esse retrocesso foi favorecido pela acomodação do preço da energia elétrica ao nível de 0,59%, depois de registrar 4,61% no mês anterior. Já no grupo educação, leitura e recreação, o índice de 0,14% é a metade do registrado na última pesquisa, especialmente devido à queda nos preços de ingressos de shows musicais, de 3% para 2,05%.
O grupo alimentação registrou variação de 0,08 ponto percentual abaixo do encontrado na terceira prévia de abril, de 0,94% caiu para 0,86%. Contribuíram para este resultado a queda no preço das frutas, de 3,22% para 0,96%.
Os outros cinco grupos avaliados tiveram aumento, sendo maior o verificado em saúde e cuidados pessoais, que foi de 0,97% para 1,37%, em grande parte devido ao aumento nos preços de remédios, de 2,03% para 3,49%. Com o início do outono, o grupo vestuário intensificou o movimento de alta, passando de 0,28% para 0,76%.
No grupo transportes, a taxa subiu de 0,03% para 0,05% por influência da tarifa de ônibus urbano, com alta de 0,13% para 0,27%. Em despesas diversas, o aumento foi de 0,52% para 0,61%, enquanto em comunicação, de 0,01% para 0,07%.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias