Partido dos Trabalhadores

Haddad fala sobre educação e compras nacionais em Caxias do Sul

O candidato à presidência esteve no Rio Grande do Sul nesta quinta-feira e relembrou suas conquistas no estado quando era ministro de Lula

Ricardo Stuckert

Fernando Haddad, candidato a presidente do Lula, em caminhada e ato com Miguel Rossetto em Caxias, Rio Grande do Sul

Nesta quinta-feira ( 27) o candidato a presidente pela coligação “O povo feliz de novo”, Fernando Haddad, esteve no Rio Grande do Sul, ao lado do candidato ao governo do estado Miguel Rossetto. “Tenho insistido em uma combinação virtuosa que vai tirar o país da crise: oportunidade de trabalho e educação. E o Rio Grande do Sul pode contribuir, porque tem sobra de talento aqui, é um estado desenvolvido e com um potencial enorme”, falou Haddad.

O candidato relembrou suas conquistas no estado quando era ministro do ex-presidente Lula e criou o programa Caminho da Escola, em que compraram mais de 35 mil ônibus escolares e boa parte foi produzida no Rio Grande do Sul, pelo fato de Caxias possuir uma das maiores produtoras de carrocerias de ônibus. Na metade sul do Rio Grande do Sul, teve a Unipampa que levou emprego e oportunidade de educação e os institutos federais, que são os maiores do Brasil.

“Eu vou dar um exemplo, a produção dos ônibus, o fórum naval e os estaleiros daqui da região estão todos parados. Tinha estaleiro aqui com mais de 20 mil postos de trabalho. Hoje você não tem 500 trabalhadores. Está faltando usar o poder de compra do próprio governo federal para alavancar a produção local”. Como solução, Haddad diz que vai usar as compras governamentais para fazer novas encomendas para a indústria local e que, se não for dessa forma, o Rio Grande do Sul não conseguirá reativar sua indústria.

Haddad também falou com jornalistas sobre a questão dos títulos eleitorais cancelados e disse lamentar a decisão, pois tem gente de boa fé que pode ter perdido o prazo, mas quer votar. “Às vezes é uma pessoa que mora no campo, tem deficiência, é analfabeto, idoso ou trabalhador rural e não recebeu a informação no tempo certo. Tem várias situações no Brasil, e quando cassa o direito dessa pessoa votar, pode gerar uma frustração nessa pessoa”. O candidato afirmou estar preocupado com a perda do direito desse eleitor de não poder votar no dia 07.

Fernando Haddad durante ato em Caxias do Sul

Trabalho e Educação

Haddad lembrou que durante os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta eleita Dilma Rousseff, foram criados mais de 1 milhão de novos empregos no Rio Grande do Sul. Os governos federais do PT ampliaram 5 vezes o número de matrículas na rede federal de ensino técnico: as matrículas passaram de 5,4 mil em 2002 para 27.6 mil em 2015, no RS. “É impressionante a quantidade de vezes que eu vim aqui no Rio Grande do Sul para inaugurar Institutos Federais”, disse Haddad.

O candidato de Lula afirmou ainda que continuará apoiando a indústria no estado. “É uma obrigação da União apoiar os estados. Nós temos que usar as contas do governo para fortalecer a indústria. O Rio Grande do Sul produz muita coisa que interessa ao povo”. Ele lembrou, ainda, que é preciso voltar a fazer o estaleiro do Rio Grande crescer e produzir. “Eles só pensam em vender. Nos anos 90 era assim: piscava os olhos e eles vendiam alguma coisa. Nós não vamos vender. Nós vamos investir”, disse Haddad.

Prioridade dos governos Lula, a educação e a geração de emprego serão as principais frentes de Haddad presidente. “Tem muito jovem que não pode ir nem estudar, nem trabalhar. Mas nós sabemos que esses jovens têm talento e nós temos que dar oportunidades”, declarou.

Sobre sua candidata a vice, Manuela D’Ávila, a vereadora mais jovem da história de Porto Alegre e a deputada mais votada do Rio Grande do Sul, Haddad agradeceu ao povo gaúcho. “Quero agradecer os gaúchos pela Manuela, porque ela é uma cabeça jovem e revolucionaria que vai nos ajudar a governar para todo o Brasil”.

O candidato a governador no estado, Miguel Rossetto, disse que o povo sabe o que está em disputa nessas eleições. “Muito mais que uma eleição, nós vamos definir o futuro democrático do brasil. Se os outros tem uma arma para apresentar, nós temos uma escola para apresentar. Se eles têm o ódio para a apresentar, nós temos a paz”.

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Por lula.com.br