Em sua visita ao Rio de Janeiro nesta terça-feira (2), Fernando Haddad esteve em Nova Iguaçu, onde participou de uma caminhada e um ato político.
O candidato da coligação “O povo feliz de novo” começou seu discurso apresentando Ana Estela Haddad, sua companheira há 30 anos, e contou que os dois, quando trabalharam no governo Lula, conceberam o projeto de levar para todas as cidades polo do Brasil ou uma universidade ou um instituto federal .”Essa foi uma determinação do governo Lula. E Nova Iguaçu ganhou os dois: a escola técnica do Cefet, e o campus da universidade rural. E por que nós fizemos isso?. Porque queríamos que o filho do trabalhador virasse doutor. Era esse nosso sonho”, afirmou. Segundo ele, antes de Lula as universidades tinham apenas uma classe social só e uma cor de pele só e era preciso acabar com isso.
Haddad lembrou que o Prouni, o Fies, o Sisu e uma série de projetos, criados nos governos petistas, possibilitaram que o filho do trabalhador tivesse um diploma universitário. “Essa era uma obsessão de Lula porque ele, mesmo com toda a inteligência que tem, ele não conseguiu chegar à universidade. Mas, graças a Deus, Lula virou presidente da República e fez uma revolução na educação do país”, disse.
O candidato fez uma comparação entre todos os projetos que realizou à frente do Ministério da Educação, em seis anos, e o que fez Jair Bolsonaro (PSL), em 28 anos como deputado federal. “Ele não fez nem 10% do que eu fiz. Não aprovou uma lei importante nem trouxe investimentos, nem para Nova Iguaçu nem para o Rio de Janeiro”.
Para Haddad, porém, o pior não é o que ele não fez nestas quase três décadas na Câmara dos Deputados, mas o que ele quer fazer. ”Ele só fala em cortar direitos do trabalhar, cortar 13º, cortar o salário das pessoas”. Haddad disse que aprendeu com Lula, um economista intuitivo, que se o poder de compra do trabalhador não aumentar, a economia não vai girar. “E o que o Bolsonaro quer fazer é o oposto para aumentar o lucro achando que vai gerar investimento”.
Ele afirmou que isso já testado em outros países e não deu certo. “Veja o que está acontecendo na Argentina: um desastre econômico”, disse Haddad, que foi interrompido pelos gritos de “ele não”, das pessoas presentes. “Vocês estão gritando “ele não”, e felizmente ele não vai ser eleito. Peço a Deus muita saúde para o Bolsonaro para que ele tenha a coragem de ir ao debate da Globo na quinta. Pra falar as coisas que ele anda falando nas redes sociais”.
Para o candidato do Lula, existem dois Brasis em disputa: o Brasil de mãos armadas e o Brasil que vai carregar numa mão um livro e na outra, uma carteira de trabalho assinada. “Essa é a diferença do Brasil do Lula, que nós representamos, e do Bolsonaro, um país de trevas, violência e intolerância. E isso não passará pelo crivo do voto popular.”
Ele falou da importância de Nova Iguaçu ficar unida em torno da candidatura de Márcia Tiburi, no governo do Estado, Lindbergh Farias no senado, e Fernando Haddad e Manuela d’Ávila, presidente e vice-presidente. “Até dia 7, até o segundo turno, até a vitória”, finalizou o candidato.
Por lula.com.br