A recuperação das conquistas dos governos do Partido dos Trabalhadores na educação, o ensino médio e a formação docente serão prioridades em um novo governo do PT. Fernando Haddad explicou pretende fazer isso durante entrevista ao Movimento Todos Pela Educação, que aconteceu nesta quinta-feira (16).
O candidato garantiu que vai recuperar programas essenciais que foram extintos pelo governo ilegítimo de Temer e do PSDB, principalmente por conta da Emenda Constitucional 95, que congelou os gastos públicos.“Vamos iniciar um trabalho de resgate daquilo que vem sendo destruído, não só na Educação, mas nos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Cultura. Era um tripé muito importante de atuação”, lembrou Haddad.
Para reafirmar o compromisso histórico do PT com a educação, Haddad citou o fato de ele ter sido ministro da educação. “Tem um simbolismo muito forte. Além disso, quando chegamos ao Ministério da Educação, o orçamento era da ordem de R$ 20 bilhões. Quando eu deixei a pasta, era da ordem de R$ 100 bilhões. Lula foi o presidente da república que mais investiu em educação”.
Com relação ao ensino médio, Haddad admitiu que, apesar de todos os esforços dos governos anteriores do PT, ainda há muito por fazer. “Mas uma reforma do ensino médio não acontece por decreto ou medida provisória”, afirmou, defendendo o diálogo e a participação social e referindo-se à reforma de Temer que, segundo ele, não resultou em nada. “O ensino médio continua rigorosamente o mesmo”.
A proposta da coligação O Povo Feliz de Novo é federalizar, progressivamente, o ensino médio em áreas de vulnerabilidade social, lançando mão dos Institutos Federais, criados por Lula, e do Sistema S na parceria com escolas estaduais em áreas de vulnerabilidade social. Para Haddad, essas “ilhas de excelência” têm que conectar pontes com a realidade para se tornarem instrumentos disponíveis para toda a juventude.
E essa melhoria na qualidade, para o PT, passa, sem dúvida, pela valorização e formação dos professores. Haddad lembrou que o Piso Salarial Nacional do Magistério, instituído quando era ministro da Educação, foi muito importante para a categoria e, inclusive, para atrair talentos.
Uma das propostas para o próximo governo é instituir a Prova Nacional para Ingresso na Carreira Docente, que vai subsidiar estados e municípios na realização de concursos públicos para a contratação de professores para a educação básica. Segundo Haddad, os concursos não cobram temas do dia a dia da Educação. “As provas são sofríveis em comparação ao que se almeja. O impacto da Prova Nacional para Ingresso na Carreira Docente vai ser enorme. As faculdades que formam esses professores vão ter que se adaptar a essa prova”, afirmou Haddad, que concluiu: “É uma profissão séria, da mais alta complexidade. Você está formando o futuro”.
Por lula.com.br