Líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA) discursou nesta quinta-feira (12), contra o golpe em curso para tirar o mandato da presidenta, Dilma Rousseff, enviando um recado para a militância petista e para os defensores da democracia. “A batalha de hoje é apenas o início, nossa luta vai continuar, dentro e fora do Congresso. As ruas continuarão dizendo que não vai ter golpe e vai ter luta”, afirmou.
O senador lembrou que participou das decisões mais importantes pós-Ditadura Militar na Câmara dos Deputados e que, agora no Senado, tem que a certeza de que “o futuro mostrará que a votação de hoje será a conquista de um mandato que as urnas não deram” aos que vão se beneficiar do golpe.
Paulo Rocha classificou o relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG) que recomenda o impeachment como uma peça parcial e sem força jurídica. “A presidenta da República não cometeu crime de responsabilidade”, disse. “Não pesa nenhuma acusação, nenhum indício de irregulaidades, nenhuma conta no exterior. A presidenta Dilma poderá pagar como uma pessoa honesta. Irá pagar com a perda temporária do cargo, mas quem mais perderá serão as nossas instituições, a integridade de nossa Constituição, as milhões de pessoas que acreditaram em um país mais justo e solidário.”
De acordo Rocha, a chegada de Michel Temer ao poder é mais uma ato dos que não têm votos e praticam golpes para alcançá-lo. “O que significa a democracia para nós? Para alguns eu sei que não significa muita coisa, querem apenas chegar ao poder e não importam os meios, mesmo os golpes. É assim que a direita brasileira atua: chega sempre ao poder através dos golpes”, afirmou. “Essa é a aliança de derrotados, golpistas, corruptos e traidores que agora tentam constuir o governo Michel temer. Um governo que desde seu nascedouro é ilegítimo porque não nasce do voto popular.”
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Da Redação da Agência PT de Notícias