O alto índice de desemprego no Brasil, que é de 13,1% da população, ou 13,7 milhões de pessoas, só não é maior porque outros 4,6 milhões simplesmente desistiram de procurar trabalho, segundo dados do IBGE divulgados nesta quinta (17). São os chamados “desalentados”, grupo que corresponde a 4,1% da força de trabalho ampliada do Brasil, o maior índice da série histórica iniciada em 2012.
No total, incluindo os desempregados, os trabalhadores subocupados e os desalentados, o Brasil alcançou em 2018, sob o governo golpista de Temer, uma taxa de subutilização da força de trabalho de 24,7%, o que representa 27,7 milhões de pessoas. O contingente também é o maior da série histórica.
Bahia (40,5%), Piauí (39,7%), Alagoas (38,2%) e Maranhão (37,4%) apresentaram as maiores taxas de subutilização e as menores taxas foram em Santa Catarina (10,8%), Rio Grande do Sul (15,5%), Mato Grosso (16,0%) e Paraná (17,6%).
O IBGE também mostrou que a maior parte dos desalentados são pretos e pardos, correspondendo a 73,1% do total de pessoas que desistiram de procurar emprego. A maior parte desse grupo (23,4%) é de jovens entre 18 e 24 anos, com ensino fundamental incompleto.
A informalidade também se mantém em alta no país, o índice de trabalhadores com carteira assinada chegou ao valor mais baixo da série histórica com cerca de 33 milhões de pessoas. Somente Amazonas e Distrito Federal apresentaram aumento do número de empregados com carteira assinada em relação ao último trimestre de 2017. Em São Paulo houve diminuição de 2,5%.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2017, o número de empregados sem carteira assinada aumentou em São Paulo, no Distrito Federal, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco. Também é importante destacar que 10 unidades da federação apresentaram aumento do contingente de trabalhadores por conta própria nesse período.
Da redação da Agência PT de notícias