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IBGE: produção industrial cresce em 10 de 15 estados pesquisados

De acordo com o IBGE e CNI, alta nacional também foi registrada nos índices de faturamento real e de horas trabalhadas na produção industrial

Divulgação/Site do PT

O governo Lula tem focado na neoindustrialização como ponto estratégico para o desenvolvimento econômico

A produção industrial brasileira registrou um avanço significativo em abril de 2024, conforme dados da Pesquisa Indústria Mensal (PIM) Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço foi detectado em dez dos quinze estados na comparação entre março e abril deste ano.

Os estados que mais se destacaram foram Paraná, com um crescimento de 12,8%, e Pernambuco, com uma alta de 12,2%. Outros estados também obtiveram desempenhos positivos, incluindo Mato Grosso (4,4%), Amazonas (4,2%), e Ceará (3,9%).

Este crescimento reflete um movimento mais amplo de recuperação industrial que vem sendo impulsionado pelas políticas de neoindustrialização do governo Lula .


Segundo Bernardo Almeida, analista da pesquisa do IBGE, “o comportamento nacional em abril, de recuo, foi concentrado em atividades com maior peso, mas com um espalhamento das demais atividades no campo positivo, demonstrando sete atividades em queda e 18 em crescimento.”

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Comparação anual

Na comparação anual, a produção industrial cresceu em 16 dos 18 locais pesquisados, com uma média nacional de 8,4% de alta. Os destaques foram Rio Grande do Norte (25,6%), Santa Catarina (16,0%), e Pernambuco (13,2%). Esses resultados reforçam a recuperação do setor industrial no Brasil, que foi favorecida por um calendário positivo com mais dias úteis em abril de 2024.

O maior parque industrial do país, São Paulo, apresentou um crescimento de 10,8% em relação a abril de 2023. Este crescimento foi influenciado pelo desempenho dos setores de alimentos, derivados de petróleo e veículos. Com este resultado, São Paulo está 1,8% acima do patamar pré-pandemia.

Ceará (12,3%), Rio Grande do Sul (11,7%), Paraná (10,9%) e Amazonas (10,0%) também tiveram taxas positivas de dois dígitos, mais intensas do que a mídia nacional.

“Pode-se notar, nessa comparação, um número significativo de resultados com dois dígitos. Isso é explicado pela base de comparação mais baixa, em alguns locais, e principalmente, pelo efeito-calendário positivo significativo, já que abril de 2024 teve 22 dias úteis, quatro a mais do que no mesmo mês do ano anterior, quando foram 18”, ressalta o analista do IBGE.

Também tiveram alta Espírito Santo (8,2%), Mato Grosso (8,1%), Maranhão (7,6%), Rio de Janeiro (4,4%), Minas Gerais (3,7%), Região Nordeste (2,6%) e Mato Grosso do Sul (2,0%).

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Crescimento em faturamento e horas trabalhadas

O governo Lula tem focado na neoindustrialização como ponto estratégico para o desenvolvimento econômico. As políticas voltadas para a ampliação do crédito, o controle da inflação e o aumento da renda são contribuídos para um ambiente mais favorável à produção industrial. O aquecimento do mercado de trabalho e a recuperação da capacidade instalada também são fatores-chave nesse contexto.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) confirmou essa tendência positiva. Segundo os Indicadores Industriais de abril, houve um aumento no faturamento real, no número de horas trabalhadas na produção e na utilização da capacidade instalada.

O faturamento real da indústria de transformação cresceu 1,5% na passagem de março para abril deste ano. Em uma comparação anual, o aumento foi ainda mais expressivo: 12,2% em relação a abril de 2023. Este crescimento é um indicativo de uma retomada mais robusta da atividade industrial, refletindo um aumento na demanda por produtos fabricados.

O número de horas trabalhadas também apresentou um desempenho positivo, com um aumento de 2,4% de março para abril de 2024, incluindo uma série livre de efeitos sazonais. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 8,2%. Esse aumento reflete as políticas de incentivo do presidente Lula, que contribuíram para as indústrias na operação mais intensa, em resposta a uma maior demanda e necessidade de ampliar a produção no país.

Mercado aquecido

“O mercado de trabalho aquecido, com avanço do rendimento, a melhoria do ambiente de crédito e a inflação moderada favorecem o poder de compra da população e, consequentemente, o consumo de bens industriais”, explicou Larissa Nocko, economista da CNI.

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A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) também apresentou um ligeiro aumento, situando-se em 79,2% em abril de 2024, um crescimento de 0,5 ponto percentual em relação a março, na série dessazonalizada. Comparando com abril do ano passado, houve um incremento de 1,3 ponto percentual.

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Sobre os indicadores industriais

Os indicadores industriais têm como objetivo identificar a evolução do curto prazo da atividade industrial, especificamente da indústria de transformação. Iniciada em 1992, uma pesquisa é uma parceria entre a CNI e as Federações Estaduais das Indústrias, cobrindo estados responsáveis ​​por mais de 90% do produto industrial brasileiro. Para a edição de abril, foram consultadas 980 empresas entre 2 e 27 de maio.

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Da Redação , com informações do IBGE e CNI