Diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, deixa o cargo por incompatibilidade com o governo golpista de Michel Temer. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (26), em suas redes sociais.
“Desculpa, gente, não deu mais, pedi hoje para sair deste governo ilegítimo e conservador que ataca os direitos conquistados sem dó. Lutarei sem descanso pelo SUS de qualidade que sempre sonhamos e por um mundo mais tolerante com a diversidade. Obrigado por todo apoio nestes 3 anos!”, escreveu Mesquita.
O médico é considerado um ícone da luta contra a Aids e estava na direção do Departamento do Ministério da Saúde desde julho de 2013.
Em sua carta aberta, Mesquita critica decisões tomadas pelo governo ilegítimo de Temer, como os cortes orçamentários na área da Saúde, a diminuição do Sistema Único de Saúde (SUS) e a intenção de tirar os médicos estrangeiros do Mais Médicos.
“No anúncio de sua política econômica, o governo provisório já antecipou significativos cortes na Saúde e na Educação – e começou a anunciar a futura desvinculação do Orçamento da União. Ricardo Barros, por sua vez, já chegou anunciando que ia diminuir o SUS e incentivar o aumento de planos de saúde; se propôs a cortar os médicos cubanos do programa Mais Médicos; e passou a dar voz aos setores mais reacionários de minha categoria profissional”, afirma.
O médico destaca, ainda, a falta de nomeação de secretários em postos-chaves do ministério. “Apesar das gravíssimas epidemias de zika, dengue, chikungunha e H1N1 não houve, até o momento (agora 13 dias após a posse), nomeação de nenhum outro secretário, nem mesmo para a Secretaria de Vigilância em Saúde, responsável pelo controle dessas epidemias”, ressalta.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Rede Brasil Atual