O pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff é um “golpe” e uma “tentativa de homicídio contra a democracia”, afirmou o secretário nacional de Finanças do PT, Marcio Macedo, em entrevista ao “jornal da Cidade”, publicada nesta segunda-feira (28).
“É inadmissível o que as elites, através de setores da mídia, e os partidos que fazem oposição ao Brasil estão tentando fazer: arrancar uma presidente eleita democraticamente das suas funções constitucionais sem nenhum crime e nenhuma prova”, disparou.
Sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de barrar o rito do impeachment criado pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Macêdo avaliou como importante para salvaguardar a Constituição.
“Foi muito importante também o recado que as ruas deram através de diversos segmentos sociais contra o golpe e pelo afastamento de Cunha que não tem condições éticas, morais e políticas para continuar na presidência da Câmara dos Deputados. Penso que a oposição vai tentar manter essa agenda em 2016, mas acho que o Brasil precisa reagir contra estas tentativas golpistas e deixar que a presidenta continue trabalhando e retome o crescimento do País. Eu sou mais o Brasil”, ressaltou.
Com o fim de 2015, o secretário fez um balanço do ano que considera o mais difícil da história do Partido dos Trabalhadores.
“Este ano é o ápice de uma década de cerco político, midiático e de criminalização do PT. E não só para o partido, mas para a jovem democracia brasileira”, disse.
E completou: “Mas eu sou otimista. Acho que poderá ser uma caminhada longa, tendo que cortar na própria carne, mas o PT irá continuar sua trajetória de maior partido de esquerda do País, maior partido da América Latina e maior experiência de governo que o Brasil já teve e continuará transformando sonhos em realidade. Ademais, a democracia não é uma concessão das elites, é uma construção da luta do povo”, destacou.
A mudança do ministro da Fazenda também foi abordada na entrevista. Na opinião de Macêdo, a troca de Joaquim Levy por Nelson Barbosa foi importante.
“Daqui para a frente é preciso uma outra agenda, que tenha como prisma o desenvolvimentismo, alicerçado na tríade crescimento econômico, consolidação da democracia e inclusão social. Penso que é necessário aumentar o crédito para as cadeias produtivas e para o cidadão consumir, controlar a inflação, segurar os juros e investir nos setores estratégicos do País, como portos, aeroportos, estradas e tecnologia de ponta”, apontou.
E defendeu ainda uma nova tabela para o Imposto de Renda, a tributação dos dividendos para distribuição de lucros e autorização da venda das dívidas dos Estados, Municípios e União.
Leia a entrevista completa aqui.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do “Jornal da Cidade”