A atuação da comitiva que visitou áreas devastadas no Rio Grande do Sul na semana passada foi destaque na imprensa gaúcha. O jornal Correio do Povo, no editorial, ressaltou a importância das ações promovidas pela comissão temporária que acompanha o enfrentamento à calamidade que assola o estado. O colegiado é presidido pelo senador Paulo Paim (PT-RS).
“Não restam dúvidas de que tais delegações, com prerrogativas de agir com celeridade em prol dos gaúchos, são fundamentais para o equacionamento das disparidades que nos assolam. À fase de diagnóstico, necessária, por certo, deve corresponder a implementação de ações efetivas em prol do RS. A corrida é contra o tempo, principalmente diante da chegada da estação mais rigorosa do ano [o inverno]”, diz o texto do Correio.
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A ida ao estado, na região do Vale do Taquari, contou com integrantes da comissão do Senado. Os senadores do colegiado – além da senadora Leila Barros (PDT-DF) – ouviram prefeitos e vereadores da região; representantes do governo estadual e de entidades da sociedade civil; moradores e agricultores locais. A audiência pública ocorreu no município de Encantado.
O editorial lembra que, entre as demandas ouvidas pelos parlamentares, está a preocupação dos moradores com a construção de novas residências e a liberação de crédito para facilitar a reconstrução da economia regional.
Antes da audiência, os senadores visitaram a cidade de Lajeado e sua prefeitura e viram o impacto das enchentes na região. Foram também ao município de Roca Sales e visitaram uma propriedade rural destruída.
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Paim, que presidiu a audiência, disse que os senadores conheceram “pessoas que perderam tudo nas enchentes”. Ele citou uma lista de projetos de lei que a comissão temporária defende prioridade para ajudar no socorro ao estado.
“Os recursos financeiros para a reconstrução do Rio Grande do Sul precisam chegar o mais rápido possível na ponta. É urgente”, ressaltou o petista.
Foi a segunda visita do grupo ao Rio Grande do Sul. Na primeira, realizada em maio, os senadores participaram de audiência com o governador Eduardo Leite, prefeitos e autoridades do estado. Além disso, visitaram um hospital de campanha e um alojamento para as famílias desabrigadas.
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Prazo para auxílio
Uma das preocupações atuais do governo Lula é garantir que todas as famílias afetadas pela tragédia no Rio Grande do Sul seja auxiliadas. Nessa terça-feira (25/6), por exemplo, termina o prazo para que as prefeituras gaúchas cadastrem as famílias residentes em áreas efetivamente afetadas, nas cidades com estado de calamidade ou situação de emergência, para receberem o Auxílio Reconstrução.
A principal preocupação é que, até o último sábado (22/6), 182 cidades ainda não haviam pedido o benefício, de acordo com o governo federal. Ao todo, 444 municípios do Rio Grande do Sul estão com reconhecimento federal vigente e podem solicitar o valor de R$ 5,1 mil para cada família.
As análises e os pagamentos para as famílias já cadastradas (e que tenham direito ao benefício) vão continuar — após o dia 25 — até a finalização de todas as avaliações. As prefeituras devem cadastrar os dados das famílias na página do Auxílio Reconstrução. Após a análise no sistema, o responsável familiar precisa confirmar as informações no mesmo site. Na sequência, a Caixa Econômica Federal realiza o depósito em conta.
Atualmente, 256,7 mil famílias de 115 municípios já foram aprovadas no benefício, das quais 208 mil encaminharam a confirmação dos dados.
Entre as famílias que confirmaram as informações, 202 mil já estão com os R$ 5,1 mil em conta, o que totaliza pouco mais de R$ 1 bilhão. O governo federal espera atender 375 mil famílias gaúchas, representando R$ 1,9 bilhão de investimento.
Do PT Senado