Jornais e portais de todo o mundo repercutiram, nesta quinta-feira (2), a morte cerebral da ex-primeira dama, Marisa Letícia Lula da Silva. O britânico “Daily News” destacou a importância de Dona Marisa na trajetória política de Luiz Inácio Lula da Silva.
O jornal argentino “El Clarín” ressaltou que Dona Marisa veio de uma família muito pobre e que teve forte influência sobre as decisões de Lula, chamado pelo jornal como “o presidente mais carismático que o Brasil já teve”.
O periódico também ressaltou que a Câmara de deputados fez um minuto de silêncio em homenagem a ex-primeira-dama. O mesmo destaque que deu o jornal britânico “The Guardian”.
O norte-americano “The New York Times” lembrou que a presidenta eleita, Dilma Rousseff, publicou uma nota de pesar em que diz que Dona Marisa foi “o esteio de sua família, a base para que Lula pudesse se dedicar de corpo e alma à luta pela construção de um outro Brasil”.
Para o “Diario Las Américas”, dos Estados Unidos e voltado à população hispânica, Dona Marisa foi “uma companheira incondicional de Lula”. O portal também destacou que a ex-primeira-dama teve uma ação ativa na fundação do PT.
“Como companheira do então líder sindical, Dona Marisa era a responsável por organizar as fichas de filiação que foram preenchidas pelos fundadores do PT. Ela até andou pelas ruas de São Bernardo do Campo em busca de militantes”, afirmou a publicação.
A venezuelana “Telesur” relembrou que do papel político fundamental da esposa de Lula no início da década de 1980. “Nesta época liderou a Marcha das Mulheres para pedir a libertação de sindicalistas que haviam sido presos por realizar greves na Grande São Paulo contra a ditadura militar”.
A Rádio França Internacional (RFI) entrevistou Denise Paraná, biógrafa do ex-presidente Lula, que afirmou que o contexto político atual e as acusações contra o casal teriam influenciado o estado de saúde da ex-primeira-dama.
A biógrafa comentou também sobre a personalidade da companheira de Lula. “Marisa era muito brava. Ela fazia isso rindo e todos obedeciam. Esse era o único jeito do Lula ficar só com a família”.
Por Bruno Hoffmann, da Agência PT de Notícias