O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve queda de 0,4 ponto percentual entre junho e julho. Neste mês, o índice foi de 0,59% e, em junho, a taxa foi de 0,99%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa inclui nove setores de produtos e serviços. As principais quedas ocorreram nos setores despesas pessoais, de 1,79% em julho para 0,83% em junho; vestuário, de 0,68% para -0,06%; transportes, com variação de 0,85% para 0,14%; e alimentação e bebidas, de 1,21% para 0,64%.
Os setores que mais influenciaram o resultado de julho foram habitação e alimentação e bebidas, saúde e cuidados pessoais e despesas pessoais.
Apenas habitação e comunicação ficaram apresentaram resultados acima do mês anterior. Em julho, os resultados foram 1,15% e 0,59%, contra 1,03% e 0,08%, respectivamente.
Habitação também registrou a maior variação do grupo, influenciada pelo aumento de 1,91% nas tarifas de energia elétrica. De acordo com o IBGE, a taxa foi influenciada pelas regiões metropolitanas de Curitiba, onde o reajusta tarifário foi de 14,39% a partir de 24 de junho, e de São Paulo, com reajuste de 17% a partir de 4 de julho. A tarifa de água e esgoto também foi reajustada em São Paulo, em 15,64%.
No setor de alimentação, houve queda de 20,37% no preço do tomate, de 12,75% no valor da cenoura, de 6,08% no das hortaliças, de 2,17% no feijão preto, de 1,93% nos pescados e 1,09% no preço sobre o óleo de soja.
A queda de 0,47% no preço da gasolina entre junho e julho também contribuiu para a diminuição do IPCA-15. O valor médio do etanol caiu 2,03%.
Acumulado – Nos primeiros sete meses do ano, o IPCA-15 fechou em alta de 6,9%. A prévia da inflação dos últimos 12 meses é de 9,25%. O acumulado dos 12 meses está acima dos 8,8% do ano anterior. Trata-se do índice mais elevado desde 2003, quando chegou a 9,86%.
A taxa deste mês foi a mais elevada desde julho de 2008, quando registrou 0,63%. O índice dos primeiros sete meses do ano anterior foi de 4,17%.
Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias