O indicador que atualiza o valor dos contratos de aluguel no país teve uma redução de 59,42% no mês de agosto. É o que mostra o resultado da coleta mensal da inflação medida pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM) da Fundação Getúlio Vargas, anunciada na manhã desta sexta-feira (28).
Em julho, o IGPM foi de 0,69%, mas desacelerou para 0,28% em agosto, numa repetição das quedas registradas no mês por outros índices inflacionários, que têm em comum convergirem para um viés de baixa.
Nos oito meses de 2015, o índice acumula alta de 5,34%; em doze meses (setembro 2014 a agosto 2015), de 7,55%. De acordo com a FGV, a desaceleração se manifestou tanto nos preços de atacado quanto nos de varejo, como demonstram os indicadores que compõem o IGPM.
A construção civil, que tem peso de 10% no índice, e o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) com peso de 60%, subiram bem menos. A desaceleração do IPA foi de 72,6%, ao registrar 0,20% em agosto contra 0,73% em julho.
Outra desaceleração, de 46,15%, foi registrada pelos produtos industriais, de 0,52% para 0,28% no período. Já o índice de produtos agropecuários ficou estável, após alta de 1,27% no mês de julho.
No segmento de alimentação, a batata inglesa, carne bovina, tomate, mamão e minério de ferro mostraram queda, enquanto a soja em farelo e grão, café, milho e carne de aves impuserem influência na alta mensal. Esse segmento foi o que mais contribuiu com a desaceleração do IGPM, pois caiu de 0,99% para 0,01%, por causa da baixa no preços de hortaliças e legumes.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), de varejo, desacelerou 60%, de 0,60% em julho para 0,24% em agosto. Cinco das oito classes de despesa que representam o setor registraram menores variações. A principal contribuição partiu do grupo alimentação, que saiu de alta de 0,99% para apenas 0,01%, por causa do comportamento do item hortaliças e legumes.
A inflação dos grupos habitação (0,94% para 0,47%), vestuário (0,29% para 0,38%), despesas diversas (0,52% para 0,08%) e comunicação (0,37% para 0,17%) também retrocedeu, puxada pelo comportamento da tarifa de eletricidade (2,25% para 0,89%), preço das roupas (0,34% para 0,52%), jogo lotérico (1,58% para estabilidade) e tarifa de telefone móvel (0,67% para 0,06%), respectivamente.
Educação, leitura e recreação (0,07% para 0,33%), transportes (0,04% para 0,18%) e saúde e cuidados pessoais (0,56% para 0,65%) subiram, a exemplo da passagem aérea (13,42% para 5,35%), tarifa de ônibus urbano (0,35% para 0,65%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,47% para 0,99%), respectivamente.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias, com informações do Valor