A instabilidade do mercado financeiro internacional não vai atingir a gestão da dívida pública federal, declarou nesta segunda-feira (24) o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, José Medeiros de Morais.
De acordo com Morais, 80% da dívida pública federal concentra-se em investidores locais, o que diminui o impacto da volatilidade internacional no mercado interno por ser um “fator de segurança adicional”, explica.
“Sempre que, por alguma razão, falha a demanda de não residentes, há uma local, que pode perfeitamente compensá-la”, detalha.
Morais informou que não há necessidade de financiamento externo este ano. “Toda a dívida que vence em 2015, e parte em 2016, o Tesouro já comprou os recursos em dólar e fez um hedge (proteção contra oscilações no mercado financeiro)”.
O Brasil tem reservas para as dívidas externas e externas para enfrentar oscilações de mercado por, pelo menos, de três a seis meses.
O Tesouro Nacional não deve fazer emissões externas em curto prazo, pois a principal razão é a abertura de mercados, principalmente por empresas nacionais. “De forma geral, são papéis de 10 a 30 anos, que estão lá e têm bastante liquidez. Isso não quer dizer que não continue nos planos do Tesouro uma emissão externa”, disse.
Nesta segunda-feira, a bolsa de Xangai, na China, teve perdas acima de 8%. Houve queda em Hong Kong, Tóquio e em outros mercados. A Bolsa de Valores de São Paulo registrou queda de 6%. O Ibovespa caiu 1,94%.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da “Agência Brasil”