O Instituto Lula já recebeu 15 mil cartas desde a prisão política do ex-presidente. São milhares de mensagens de apoio e muitas histórias de brasileiras e brasileiros que contam como Lula tocou suas vidas.
Quem visita Lula costuma retransmitir à Vigília o recado de que ele lê as mensagens com o carinho de quem recebe notícias de um filho querido ou um amigo.
Na Vigília Lula Livre o ponto “Cartas a Lula” funciona desde o dia 7 de abril, quando o ex-presidente chegou à Curitiba, onde filas de pessoas esperam sua vez para encaminhar sua mensagem a Lula. Alguns chegam de outros estados apenas para deixar sua mensagem, como o casal Elise Amaral, aposentada da área pública federal, e Airton Amaral, funcionário público aposentado, que saiu na madrugada desta terça-feira (22) de Florianópolis para deixar uma carta carinhosamente escrita.
“Escrevemos essa carta para deixar nossa mensagem de apoio a Lula, pois estamos indignados com essa prisão injusta. Lula fez muito pelo Brasil, mesmo nós que temos uma vida melhor que a maior parte da população somos muito agradecidos a ele pelo que fez por nossa coletividade, pelo povo mesmo. Penso que precisamos de combater as desigualdades e vejo no PT e no Lula essa vontade”, afirmou Elise.
O casal compartilhou detalhes do dia em que conheceram o Lula, ainda antes de assumir a Presidência da República, no ano de 1999. Foi durante um passeio em uma praia catarinense que o casal avistou o então ex-sindicalista. “Ele chegou com o Mercadante (Aloízio, quer viria a ser ministro) e nos aproximamos dele. Nos apresentamos e acabamos todos nos sentando à mesa para conversar e tomar uma cerveja. Fizemos uma foto com ele, todos com roupa de banho, claro, que guardamos com todo carinho”, contou Airton.
O casal contou que também levou doações e que a Vigília Lula Livre tem os ajudado a manter a esperança e a força na luta pela democracia e pela liberdade do ex-presidente.
“Cartas a Lula”
O ponto de entrega de cartas é coordenado por voluntários, assim como todas as atividades da vigília. Agora, a responsável por cuidar das mensagens do povo ao ex-presidente é a capixaba Paulina, que atende com todo carinho as pessoas que deixam suas mensagens.
Atingida pela tragédia da barragem de Mariana, Pauliana está desde o dia 13 de abril em Curitiba e disse que sai apenas quando Lula sair. Emocionada, ela conta como Lula mudou a vida de sua família e chora ao lembrar do “amigo” que está sofrendo essa injustiça. Ela mesma já escreveu uma série de cartas ao ex-presidente.
“Vim para cá sem data para voltar, só saio daqui quando meu presidente sair. Queria muito poder dizer a ele: meu guerreiro, estamos com você, não vamos te deixar. Você é nosso guerreiro, nosso amigo e vamos ficar aqui até o fim”, declarou.
Da Redação da Agência PT de Notícias, direto de Curitiba