Participante do programa do governo federal, Ciências sem Fronteiras, o estudante de engenharia elétrica-eletrotécnica da Universidade de Pernambuco (UPE), Caio Guimarães, 23 anos, tornou-se um dos jovens mais influentes do Brasil, segundo lista com 30 personalidades brasileiras de maior destaque, abaixo dos 30 anos de idade, segundo a revista americana “Forbes”.
Caio desenvolveu dois equipamentos capazes de permitir a introdução no tecido humano de uma frequência de luz com poder de matar bactérias multirresistentes.
“Eles têm 30 anos ou menos e, cada um em sua área de atuação, têm revelado iniciativa, criatividade e talento. Com espírito jovem, rara motivação e abertura para o novo. Sobre eles repousa a responsabilidade que cabe aos transformadores: a de reinventar o Brasil e assumir as rédeas de nosso futuro”, descreveu a reportagem sobre Caio e as outras personalidades 2015.
De acordo com reportagem exclusiva do Diário de Pernambuco, Caio Guimarães estagiou no Wellman Center, laboratório de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) por meio do Ciências Sem Fronteiras. Ao participar de uma pesquisa do laboratório, Caio desenvolveu os equipamentos e ganhou um prêmio no evento de premiação dos melhores trabalhos do laboratório em 2014. Patrocinada pelo exército americano, o objetivo da pesquisa era encontrar uma maneira de tratar a bactéria acinetobacter baumannii, encontrada em ferimentos de soldados no Iraque e imune a cerca de 21 antibióticos.
Caio não só descobriu o tratamento, como desejava o exército americano, mas solucionou de vez o problema ao descobrir como matar as bactérias. Ao jornal de Pernambuco, Caio se disse surpreso com o reconhecimento de seu trabalho. “Para mim foi uma grande surpresa, tendo em vista a quantidade de pessoas importantes e com trabalho já estabelecido e reconhecido pelo país. Fui considerado uma das pessoas capazes de mudar o mundo”, compartilhou.
Ciências sem Fronteiras – Lançado em 2011 pela presidenta Dilma Rousseff, o programa é uma das mais importantes iniciativas de sua gestão no campo da Educação. O programa prevê a concessão de até 101 mil bolsas de estudo no exterior.
A iniciativa permite que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação.
Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no Programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.
Por Priscylla Damasceno, da Agência PT de Notícias.