A cada nova denúncia revelada pela série de reportagens do The Intercept Brasil com sites parceiros fica mais evidente a postura antiética do procurador Deltan Dallagnol. Como se não bastasse ser um dos principais articuladores da mais vergonhosa trama jurídica da história do país – decisiva para o resultado das Eleições 2018 -, desdenhar do luto do ex-presidente Lula e fazer da Lava Jato um trampolim financeiro para a própria carreira, o chefe da força-tarefa da Operação via como certa a sua eleição caso se candidatasse ao Senado.
As novas mensagens reveladas na noite desta terça (3) encerram qualquer hipótese de que Dallagnol agia de maneira isenta como insiste em dizer nas redes sociais – já que não tem coragem de encarar o povo brasileiro para se explicar.
“Num chat consigo mesmo, que funcionava como espaço de reflexão do procurador, ele chegou a se considerar ‘provavelmente eleito’. Também avaliou que a mudança que desejava implantar no país dependeria de ‘o MPF lançar um candidato por Estado’ uma evidente atuação partidária do Ministério Público Federal, proibida pela Constituição”, explica o The Intercept.
Para além de atropelar o que manda a lei e cogitar a possibilidade de entrar para a política com a benção do Ministério Público Federal, os procuradores mais uma vez mostraram que desprezam qualquer vestígio de humanidade – ninguém esquece a maneira desdenharam do luto de Lula em conversas privadas.
“Você se elege fácil e impede um dos nossos inimigos no Senado: Requião ou Gleise (sic) caem”, declarou Vladimir Aras. Deltan respondeu: “Não resolve o problema. Ajuda se o MPF lançar um candidato por Estado. Seria totalmente diferente e daria trabalho, mas pode ser uma das estratégias para uma saída”.
Leia a reportagem na íntegra
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do The Intercept Brasil