Com investimento de R$ 1,47 bilhão, o Eixão das Águas é a maior obra de infraestrutura hídrica do Ceará e garante o abastecimento para 4,2 milhões de pessoas da região metropolitana de Fortaleza desde 2012.“O Ceará caminha para uma situação especial , que é demonstrar que é possível ter uma política de investimento que leve uma região, que antes sempre foi tida e havida como a mais seca do Brasil, a ter água suficiente para garantir qualidade de vida para sua população”, disse a presidenta Dilma Rousseff.
Inaugurado em março, o Eixão das Águas é um canal entre o Açude Castanhão, a região metropolitana de Fortaleza e o Complexo Portuário e Industrial do Pecém. Com 256 km de extensão, o sistema leva água para onde antes o abastecimento era irregular ou inexistente. Segundo a presidenta Dilma, essa garantia é fundamental para a vida das pessoas e para toda a atividade econômica da região, incluindo a produção agrícola e a industrial.
Seca – A presidenta também afirmou que é possível conviver com a seca quando existe uma política de investimentos para executar obras estruturantes que garantam o abastecimento de água. O governo federal investiu fortemente para enfrentamento à seca no Ceará. O estado teve 179 municípios com situação de emergência reconhecida entre 2012 e 2014 e recebeu, como medida emergencial, o repasse de R$ 52,6 milhões para socorro, assistência às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais.
Além das ações emergenciais, foram desenvolvidas obras de infraestrutura como 1,8 mil sistemas coletivas de abastecimento de água e 2.017 kits de irrigação instalados. Os investimentos nessas ações ultrapassam os R$ 234 milhões. Tradicionais vítimas da seca, 219,6 mil produtores rurais de 152 municípios do Ceará receberam a Bolsa Estiagem e outros 303,6 mil agricultores de 177 municípios foram beneficiados com o Garantia Safra.
Mas, foi dentro do PAC Seca que a maior parte das ações estruturantes foi realizada. No total, os investimentos alcançam R$ 677,7 milhões, destinados a obras, como adutoras, barragens, estações de tratamento e sistemas de abastecimento de água em diversas outras cidades.
Cinturão das Águas – Em julho, a presidenta Dilma assinou a ordem de serviço para o início das obras do primeiro trecho do Cinturão das Águas do Ceará (CAC) que, quando concluído, vai garantir o abastecimento e o aumento da oferta de água para toda a região do Cariri. Para o empreendimento serão investidos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na ordem de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão de recursos federais e R$ 393,5 milhões de contrapartida do governo estadual.
A previsão é que a obra seja concluída até o fim de 2015 e beneficie 17 municípios ceareneses (Jati, Porteiras, Brejo Santo, Abaiara, Mauriti, Barbalha, Crato, Milagres, Nova Olinda, Farias Brito, Lavras da Mangabeira, Aurora, Cariús, Iguatu, Quixelô, Icó e Orós).
Segurança Hídrica – Os investimentos em segurança hídrica somaram R$ 32 bilhões em obras para garantir oferta de água em quantidade e qualidade para populações que vivem no semiárido e outras regiões com escassez de água. A principal obra em execução é a Integração do Rio São Francisco, maior obra hídrica do Brasil, com 469 km, que se estende pelos Estados do Ceará, Paraíba e Pernambuco.
Para democratizar o acesso à água, já foram entregues, no Nordeste, 937 mil cisternas, das quais 607 mil somente no governo da presidenta Dilma. A meta é chegar, até o final de 2014, a 1,080 milhão cisternas instaladas por todo o Nordeste.
Também para ajudar no enfrentamento da seca foi montada a maior operação de oferta de água por carros-pipa da história, sob a coordenação do Exército, mobilizando mais de seis mil pipeiros contratados pelo Governo Federal. Foram implantados 207 sistemas simplificados de abastecimento de água e 95 poços nos Estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais e Pernambuco e Sergipe.
Para garantir renda às famílias de agricultores, o Bolsa Estiagem foi pago a cerca de um milhão de famílias, e o Garantia Safra para outros 870 mil. Para apoiar a continuidade dos pequenos negócios, foram feitas 511 mil operações por uma linha de crédito emergencial, mobilizando R$ 3,45 bilhões.
“Estes mecanismos, juntamente com o Bolsa Família, são responsáveis por não ter havido durante esta seca, saques em supermercados, lojas ou feiras, como ocorria no passado. Precisamos aprender a conviver com a seca, assim como acontece, por exemplo, com as populações que convivem com o rigoroso inverno no norte do planeta. É o que estamos fazendo com essas obras que garantem a segurança hídrica”, falou a presidenta.
Da Redação da Agência PT de Notícias