Analistas e investidores do mercado financeiro voltaram, nesta segunda-feira (14), a reduzir a estimativa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A nova perspectiva agora é de 7,46% em 2016 ante os 7,59% previstos anteriormente.
Para 2017, o cálculo segue em 6%, de acordo com o boletim Focus, publicação divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
A mudança ocorre após o IPCA desacelerar no mês passado. Em fevereiro, a inflação foi de 0,90%, 0,37 ponto percentual menor que em janeiro (1,27%). No acumulado em 12 meses, o IPCA ficou em 10,36%, uma redução em relação aos 10,71% doze meses imediatamente anteriores. Foi a primeira queda depois de quatro meses de alta, o que pode indicar que a alta dos preços começa a perder fôlego.
A expectativa é de que a inflação volte à meta no próximo ano, que terá como limite superior os 6%. A projeção para a taxa básica de juros, a Selic, permanece em 14,25% ao ano, em 2016, e, para 2017, é de redução para 12,50% ao ano.
Os preços administrados, regulados pelo governo, como a gasolina e o gás de cozinha, tiveram as estimativas mantidas em 7,40 %. A taxa de câmbio esperada em dezembro chega a R$ 4,25.
Crescimento
A projeção de instituições financeiras para a queda da economia este ano passou de 3,50% para 3,54%. Para 2017, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, foi mantida em 0,50%. Para a produção industrial, o cálculo é de uma queda de 4,45% em 2016.
Setor Externo
As perspectivas para o déficit em conta corrente, um dos principais indicadores das transações do Brasil com outros países, melhoraram e passaram de US$ 29,26 bilhões para US$ 24,10 bilhões, com o saldo da balança comercial em US$ 41,20 bilhões. Não houve alteração na projeção para os investimentos estrangeiros diretos, mantidos em US$ 55 bilhões
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Agência Brasil