O senador Jean Paul Prates (PT-RN) afirmou, nessa quinta-feira (11), em discurso no plenário, que o Brasil acabou virando refém de bancos. Ele destacou que estados estão quebrados, basicamente, por má gestão, mas também por isenções e desonerações abusivas.
Prates ressaltou que o país não pode aceitar mais que apenas a reforma da previdência seja a salvação do país e que apenas o livre mercado funcione para todos os setores. “Nós precisamos pensar o Brasil, principalmente, do ponto de vista do que o Estado brasileiro pode fazer e deve fazer por nós. Não podemos mais viver com mantras e panaceias”, disse.
Para o parlamentar, o Brasil precisa discutir melhor a democratização dos bancos, o pacto federativo, a reforma tributária, o fortalecimento da Petrobras, entre outras pautas. “Precisamos eliminar qualquer possibilidade de existência de Estado mínimo no Brasil e fortalecer o nosso poder regulatório, o nosso poder de indução ao investimento pelo Estado brasileiro. Existem mil panaceias, na verdade. Não existe apenas uma”, enfatizou.
Ele defendeu ainda os municípios e os estados e lamentou que as cidades têm sido vítimas do contingenciamento, de desinvestimentos e de desmonte de programas sociais. “Deixo claro que nós temos esse princípio do municipalismo dentro da nossa atuação, só que é um municipalismo responsável em que os Prefeitos não recebam apenas atribuições, mas também recursos para gerir suas cidades”.
O parlamentar destacou a importância da 22ª Marcha dos Prefeitos, que acontece em Brasília, e a presença dos prefeitos do Rio Grande do Norte no evento. “A marcha tem sido anualmente uma oportunidade de unificar discurso e de conversar com todos praticamente ao mesmo tempo”, concluiu.