O pré-candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto, afirmou que os bilionários da cidade de São Paulo precisam contribuir com o município e que tanto a capital como o Brasil precisam fazer um debate sobre a taxação de grandes fortunas no país.
“Nós temos que fazer um debate público, transparente na cidade, sobre como é que ficam esses bilionários da cidade. Não vão contribuir com a cidade? Só os bancos em São Paulo, essas taxinhas que as pessoas pagam nas casas lotéricas, por ano isso dá R$ 70 bilhões”, disse ele no UOL Entrevista, conduzido pelos colunistas Leonardo Sakamoto e Diogo Schelp.
“O Itaú, no ano passado, teve um lucro de R$ 26 bilhões. Não é possível que a cidade, o Brasil, não vai fazer esse debate sobre a taxação das grandes riquezas, desses bilionários, taxar o patrimônio. Esse debate está acontecendo no mundo. Eu não acredito que o Brasil vai ficar pra trás nisso”, disse Tatto.
Ele argumentou que São Paulo deixa de passar quase R$ 3 bilhões por ano para o governo federal e que é “uma cidade mais desigual”. “A cidade de São Paulo precisa ainda investir muito em corredor [de ônibus], ciclovias, metrô. Precisamos pensar em outra cidade.” Jilmar Tatto venceu as prévias do PT ao derrotar o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha.
O pré-candidato está com 54 anos, é professor de história e secretário de comunicação da sigla, à qual é filiado desde 1981. Foi deputado estadual e federal. Em São Paulo, atuou por duas vezes como secretário municipal de Transportes: durante as gestões petistas de Marta Suplicy (2001 a 2004) e Fernando Haddad (2013 a 2016).
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PT São Paulo