Candidato do PT à Prefeitura do Recife (PE), João Paulo quer fazer um governo com paridade entre homens e mulheres na composição do secretariado municipal.
“No que depender de mim, farei de tudo para que a gente possa garantir a paridade no secretariado municipal, com 50% de mulheres”, assegurou.
A declaração foi dada na noite da segunda-feira (22), durante a ‘Ciranda das Mulheres’, um encontro das recifenses com o candidato para que elas pudessem apresentar suas demandas e ajudar a construir o programa de governo de João Paulo.
“Nós vivemos num mundo muito desigual, principalmente para as mulheres, e, muitas vezes, por culpa de toda uma formação que nós temos desde nossas famílias”, disse João Paulo.
O candidato acrescentou que, apesar desse ambiente social hostil às mulheres, foram elas que tiveram papel fundamental em sua gestão à frente da Prefeitura.
“Os avanços que tivemos durante os meus oito anos de governo na Prefeitura se deram pela participação de vocês e as propostas de vocês, pelos problemas que conhecem, e a única coisa que eu fiz foi acatar as sugestões que traziam para mim”, declarou.
Representantes de diversos grupos feministas e de movimentos que lutam pelos direitos das mulheres, presentes à roda de diálogo, reconheceram que João Paulo promoveu os maiores avanços para o segmento durante sua gestão.
E lembraram a preocupação do petista com as políticas públicas voltadas para as mulheres, como a criação da Coordenadoria da Mulher ligada diretamente ao gabinete do prefeito; as quatro edições da Conferência da Mulher; o Conselho Municipal da Mulher; a criação do Centro de Referência Clarice Lispector, espaço que prestava atendimento a mulheres em situação de violência; da Casa Abrigo Sempre Viva, além do fórum temático das mulheres no Orçamento Participativo.
Campanha participativa
A pedagoga e feminista Joana Santos elogiou a disposição de João Paulo em ouvir as demandas das mulheres.
“A Ciranda das Mulheres reforça essa dinâmica de diálogo que a gestão pública, no primeiro mandato de João Paulo, sempre teve. Foi nessa época que tivemos muitas conquistas para as mulheres, fruto dessa histórica luta pautada pelos movimentos feministas”, lembrou.
Na sua avaliação, o formato da Ciranda inovou ao trazer as várias representações das mulheres: feministas, lésbicas, sindicalistas, negras, das periferias.
“Essa diversidade de segmentos e de lugares onde estamos é um lugar também pra dizer a João Paulo o que nós queremos, que é não retroceder no que já conquistamos e criar novas condições de vida para as mulheres”, completou Joana Santos.
Por Luana Spinillo, do Recife, para a Agência PT de Notícias