Embora ainda não tenha sido empossado, o próximo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já promete mudanças significativas na economia brasileira. De acordo com ele, que se diz confiante com a nova gestão, deverá ser aplicado um pacote balanceado em que os gastos sejam estancados e reduzidos.
“Na medida do necessário, a gente pode considerar algum ajuste de impostos, sempre olhando a compatibilidade com aquele objetivo de aumentar nossa taxa de poupança”, disse à jornalista Miriam Leitão no programa Bom Dia Brasil, da Tv Globo, nesta quarta-feira (17).
Para Levy, é importante que o Brasil poupe mais para aumentar os investimentos e, sobretudo, resguardar-se para o vaivém da economia mundial. Questionado sobre a inflação, ele destacou que pelo trabalho fiscal, ela vai entrar, em devido momento, num processo de queda. “O Banco Central está vigilante e vai tomar as medidas adequadas para isso”, afirmou.
O novo ministro está antenado com os desejos da população e vai levar em consideração as mudanças propostas pelo povo. Levy disse que, na sua gestão, será claro sobre a situação da economia ao apresentar o diagnóstico dos problemas e o motivo pelo qual tomará determinadas medidas. “A sociedade sabe disso, tanto que desde meados do ano passado, todas as pesquisas diziam que as pessoas queriam mudanças e é exatamente essa reorientação da economia”, justificou.
Para retomar o crescimento, o ministro destacou que quando são realizados ajustes de maneira firme e equilibrada, a reação é muito rápida. “A gente vai fazer as medidas necessárias no tempo e não esticar demais, na verdade, ajuda a, no fim, preservar empregos, e a rearrumar as coisas para recomeçar”, disse.
Sobre os rumores de que ele não teria afinidade com o restante do governo, Levy explicou que existe um “núcleo comum de ideias, necessidade de ter uma solidez fiscal que, às vezes, pode ser um pouquinho esticada, um pouquinho experimentada”.
Da Redação da Agência PT de Notícias