Em carta publicada pelo jornal britânico ‘The Guardian“, na segunda-feira (11), um grupo de 19 intelectuais, artistas e políticos estrangeiros se posiciona contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Segundo eles, a “tentativa de tirar a presidente Dilma Rousseff é antidemocrática”.
“Nos opomos a esta tentativa golpista, ecoamos o apoio dado pela Unasul ao Brasil e defendemos a democracia brasileira”, afirma a carta.
“Estamos extremamente preocupados com os contínuos esforços de partes da direita oposicionista do Brasil para desestabilizar – e por fim derrubar do poder – o governo eleito e constitucional”, diz o texto publicada pelo jornal britânico.
Para os signatários da carta, “esta campanha tem envolvido demonstrações por ‘mudança de regime’ por meio da retirada da presidente antes do fim do seu mandato. Estas incluíram até mesmo pedidos abertos aos militares para realizar um golpe de Estado’”. O texto fala, ainda, das agressões físicas sofridas pelos apoiadores do governo.
“Esta é também uma bruta campanha destinada a descredenciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, afirma o documento. “O objetivo aqui parece ser não apenas derrubar Dilma, mas também legalmente barrar Lula como um potencial candidato à Presidência em 2018”.
Assinam a carta nomes como o produtor musical Brian Eno, o diretor de estudos brasileiros da Universidade Middlesex, Francisco Dominguez, três parlamentares britânicos, um diretor da União Nacional dos Professores da Inglaterra, Kevin Courtney e a professora Julia Buxton, da Central European University.
A declaração de apoio a Dilma acontece menos de um mês depois do manifesto assinado por acadêmicos estrangeiros, e aprovado como documento oficial da conferência da Brazilian Studies Association (Brasa).
Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias