Esse governo golpista sabe que os brasileiros desconhecem a importância dos bancos públicos como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Desconhecem os serviços prestados, como alavancadores do desenvolvimento e fomentadores da economia, não só nas grandes obras das grandes cidades, mas principalmente nas pequenas cidades, nas pequenas comunidades. Nem sabem da sua atuação na inclusão de pessoas que a banca tradicional quer manter longe dos serviços bancários.
Uma das primeiras providências de Temer e seus golpistas amestrados foi diminuir o número de agências e, claro, o número de empregados.
“ECONOMIA!!! Diminuir os gastos!! Mandar pra rua os ‘vagabundos’ que só ‘mamam’ o dinheiro público”, gritaram os apressados. Mas não se trata disso. Os golpistas dizem que menos agências e menos funcionários é para “gerir” melhor e “otimizar” os custos.
Na verdade, isso apenas barateia ainda mais o patrimônio público que os golpistas querem entregar ao capital nacional e estrangeiro. Os malefícios diretos da privatização, por si só, são um escândalo. Atitudes que tiram o protagonismo do Estado brasileiro e o submete ainda mais à vontade dos capitalistas estrangeiros.
Mas a face mais perversa dessa atitude dos golpistas é o fato de alijar os desfavorecidos, ignorar os mais frágeis, afastá-los do sistema bancário. Como aquela senhora pensionista, que terá de ir a uma outra cidade movimentar seus parcos recursos, gastando parte deles na movimentação.
Trata-se do pequeno comércio, que ficará mais exposto à sanha dos ladrões, pois terá de fazer uma viagem para depositar a féria do dia, que com certeza diminuirá, por conta dos seus clientes terem de ir à outra cidade. Trata-se de funcionários desses bancos com um salário melhor, que serão alocados ou demitidos e não contribuirão mais para a arrecadação da cidade.
Poderia citar inúmeros casos, mas acho que quem leu até aqui já sabe o porquê de sermos contra essa falta de gestão e a servilidade dos golpistas, de sermos radicalmente contra a privatização dos bancos públicos e a consequente fragilização da soberania e dos cidadãos, que novamente se vêem excluídos pelos golpistas da vida brasileira.
Por José Carlos dos Santos, petroleiro, Técnico de Operações de Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), para a Tribuna de Debates do PT.
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