Disposta a cumprir a suprema tarefa de fazer com que o país adote linhas políticas conservadoras na economia e na sociedade, a direita brasileira volta à carga nesse segundo turno das eleições presidenciais a fim derrotar o governo petista.
A derrota que essa direita pretende impor à presidente Dilma – felizmente, algo muito difícil de acontecer – tem tudo a ver com a conservadora insatisfação dos grupos que compõem essa direita para com os avanços sociais conquistados nesses últimos doze anos.
Dentre esses avanços sociais, nunca digeridos por essa turma louca para retornar ao poder de onde foram apeados pelo povo brasileiro em 2002, os mais significativos são aqueles decorrentes dos programas de distribuição de renda, altamente vitoriosos.
As vitórias obtidas pelos governos Lula e Dilma têm feito com que milhões de famílias brasileiras tenham conseguido ascender socialmente, segundo revelam as pesquisas socioeconômicas das mais variadas procedências.
Essas mesmas pesquisas são unânimes em detectar o bem social que representam os programas do atual governo no campo educacional, a exemplo do Fies e do Prouni. O número de universitários superou o de analfabetos no Brasil.
Um marco histórico dessa magnitude não soa bem aos ouvidos dos setores elitistas da sociedade, que, no fundo, desejam que o povo brasileiro continue pobre e inculto a fim de favorecer o domínio dessas mesmas elites.
O governo Fernando Henrique Cardoso, a quem o candidato tucano tanto exalta, e quer reproduzir, é o mesmo que promoveu a maior privataria de empresas públicas da história do Brasil, com enorme prejuízo para o nosso país.
Foi o governo tucano, encerrado pela vitória de Lula, em 2002, que passou oito anos no poder e promoveu o maior desmonte das universidades públicas brasileiras, além de não investir um real na ampliação dessas instituições.
Diferentemente disso, os governos Lula e Dilma criaram dezenas de novas universidades federais, milhares de novas vagas universitárias públicas, além de criar dezenas de institutos federais de ensino técnico pelo país afora.
É evidente o benefício que tais ações promoveram junto aos mais pobres. Por todas as regiões do país, milhares de jovens estão conseguindo frequentar o ensino superior, para felicidade de suas famílias.
Também na relação com os pobres, é necessário registrar o ódio que os conservadores e as elites de todas as espécies têm com relação ao programa Mais Médicos, que conseguiu suprir as necessidades de profissionais da Medicina nas regiões mais longínquas do Brasil.
Para que nenhuma dessas conquistas se vejam ameaçadas, é preciso que o povo brasileiro fique atento nesse segundo turno. É necessário esforço redobrado para que os avanços alcançados não se transformem em recuos históricos, como pretendem as elites.
Josias Gomes é deputado federal (PT-BA)